Seguimos perdendo terra agrária

O INE vem de publicar os dados do inquérito sobre a estrutura das exploraçons agrárias de 2016. Umha estatística que oferece informaçom sobre aquelas exploraçons que superam um limiar (1 ha SAU; 0,2 ha de hortaliças, flores, plantas ornamentais ou frutais ao ar livre, 0,1 ha de hortaliças ou plantas ornamentais em estufa; ou quando menos umha Unidade de Gado). Nom se trata da totalidade da agricultura galega mas si podemos dizer que é um inquérito representativo nom só da agricultura profissional senom também dumha parte importante das exploraçons nom profissionais. De facto o inquérito recolhe a existência de quase 75 mil exploraçons enquanto o número de ativos na agricultura, gadaria, silvicultura e caça em 2016 foi de pouco mais de 52 mil segundo o IGE.
Segundo esta fonte a Superfície Agrícola Utilizada (SAU) galega retrocedeu entre 2013 (anterior inquérito) e 2016 em mais de 33 mil hectares. Umha perda de mais de 5% da SAU existente na primeira data. Esta diminuiçom produz-se numha realidade como a galega marcada pola escassez da SAU, em 2016 apenas 21% da superfície geográfica é SAU frente a 47% no resto do Estado.
Nom só a SAU das exploraçons diminuiu senom também a superfície total que manejam. Umha reduçom de mais de 50 mil hectares, quase 6%. Desta forma o grosso da agricultura galega apenas gere 29% do território em 2016 (31% em 2013). Umha situaçom que contrasta com a do resto do Estado onde as exploraçons agrárias manejam 61% do território em 2016, mais do duplo que na Galiza! Ao contrário que na Galiza entre 2013 e 2016 no resto do Estado aumentou a superfície total das exploraçons apesar da reduçom no número de exploraçons.
Cumpre inverter esta tendência, nom só pensando na viabilidade de muitas exploraçons ou na produçom de alimentos, senom também pensando em manter um mundo rural vivo desde umha perspectiva humana ou para evitar que as vagas de lumes se repitam ciclicamente. A escassez da superfície agrária no nosso país nom tem nada a ver com as características dos solos que permitiriam que a SAU se elevasse a praticamente dous milhons de hactares frente às 620 mil do Inquérito de 2016. Sem embargo si tem muito a ver com as políticas do PP à frente da Xunta de Galiza. Para inverter a tendência à perda de superfície agrária cumpre mudarmos as políticas. Urge umha política de ordenaçom territorial que se cumpra realmente. Devemos recuperar medidas que a Conselharia do Meio Rural dirigida polo BNG aplicou no se momento (reativar o Banco de Terras, penalizar o abandono de terras, impedir a florestaçom de terras agrárias,...).