Que a greve seja um êxito!
Na convocatória de greve geral para o 29 de setembro vai ser chave o respaldo que a classe trabalhadora lhe dê às mobilizações convocadas pelo sindicalismo nacionalista e de classe já que num cenário tão confuso como o atual cumpre diferenciar claramente entre a forma de fazer deste, que leva desde que se detetarão os primeiros sintomas da crise reclamando a convocatória duma greve geral e dando impulso ao debate social de que o problema de fundo está no modelo económico atual, e a dos sindicatos pactuários espanhóis UGT e CCOO que neste mesmo cenário contribuem descaradamente a incrementar a confusão e consumam a sua traição à classe trabalhadora com a estratégia de diálogo social e de secundarizarão da mobilização como mecanismo para mudar o estado das coisas.
Ante as medidas adotadas pelo governo do estado e a inação do governo da Junta há alternativa, a do nacionalismo galego que está a pôr riba da mesa propostas concretas contra a crise que vão desde o controlo financeiro por parte dos poderes públicos, a reforma do sistema fiscal no caminho dum mais justo e progressivo, a participação pública na economia produtiva, o incremento do gasto social, políticas laborais que reduzam a temporalidade e a precariedade assim como maiores cotas de soberania política para o nosso país.
Também será chave nesta greve a capacidade de resposta e mobilização que mostre a mocidade galega no se conjunto, a trabalhadora, a desempregada e a estudantil em todos os níveis, temos de ser conscientes de que a situação laboral da mocidade trabalhadora em termos de precariedade e temporalidade dificultam a sua auto-organização, que a data apresenta grandes dificuldades para a mobilização estudantil e que a confusão afeta em grande medida à mocidade. Porém, a claridade da agressão que representa a reforma laboral permite-nos também claridade na resposta e na formulação de alternativas. É que o perigo que supõe a consolidação de estas reformas que não têm um caráter transitório senão que afetaram quando menos a toda uma geração requer duma resposta contundente que não caia no catastrofismo mas que tampouco participe da cerimónia da confusão.
As moças e os moços nacionalistas devemos implicar-nos ao máximo em que a greve seja um êxito e procurar alcançar o um amplo respaldo às alternativas do nacionalismo e fazer que esta mobilização pontual tenha uma concreção prática e continuada no tempo para converter está crise económica numa oportunidade para lutar por uma mudança real de modelo económico e social, e conquistar uma maior soberania política para defender melhor os interesses da classe trabalhadora galega.