Dresden aqui ao lado, o outro dia

SAMSUNG CSC
Dresden aqui ao lado, o outro dia

Cando escrevia o artigo de há catro meses, depois do incêndio de Pedrogao Grande (Dresden aqui ao lado calquera dia) estava ainda baixo os efeitos do desastre, os mortos e a insistência de Lá Voz de que aqui não podia passar algo assim, co que a emoção dominante no artigo era a fúria. Infelizmente eu estava no certo e o desastre evitou-se por pouco, mas deixa catro mortos e não sabemos cantas casas, granjas e fábricas queimadas. Neste artigo, mas que carraxe há sarcasmo em doses massivas, recomendo abster-se a pessoas com alergia e aos parentes de Sheldon Cooper. A outra opção era chorar e para isso já há profissionais.

O meu ponto principal era que as bombas estão no monte. Um exemplo:

Uma carvalheira em Ponte Caldelas salvara a várias aldeias de arderem, segundo o Diário de Pontevedra do ventes passado. Parece que há casos semelhantes noutras partes da Galiza, conhecidos a nível local. Pela contra, a conselheira de montes declarava no parlamento que não sabe se umas espécies ardem ou não melhor que outras. Para que lhe pagamos?

O principal experto da escola universitária de forestais de Pontevedra informa-nos de que: os eucaliptos cando são novos não ardem bem e servem de barreira contra os incêndios, logo não é certo que sejam uma espécie perigosa. Concordo e ainda diria mais, é que os cocodrilos cando são novos não comem gente. Não me explico os prejuízos contra esta espécie por cousas que só fazem a maior parte da sua vida.

Diz outra vez o mesmo experto, que a maior parte do que se queimar é monte abandonado e não eucaliptos.

Vou-lhes propor uma adivinha: se há que escolher entre salvar uma hectare de agro, de monte com eucalipto e uma de monte baixo. Cal queda para o final?

O monte baixo? De verdade? Fico abraiado pa!

É intolerável! Está-se a politizar a política florestal!

A Xunta não pode entender as críticas á sua política depois da bateria (que vem de bater) de medidas que tem tomado para desafiuzar de vez o agro. Só um par de exemplos:

  • Tentar eliminar os cavalos do monte pondo cantos mais atrancos melhor aos proprietários, não vaia ser que comam demasiado mato e não abonde para o incêndio.

  • Deixar cum só médico médico aos de Folgoso do Courel, a ver se marcham duma boa vez. E o de Folgoso sabemo-lo porque chega ao nível de escândalo, a desatenção em doses menores, por todo o país, não é notícia.

A pesar destas acertadas medidas continua a haver incêndios. A resposta só pode ser uma e trina: piromanos, terroristas e portugueses. Não necessariamente por esta orde.

A avareza da Xunta, que pode gastar o que fala falta para beneficiar as empresas amigas, mas não pode pagar uns soldos decentes durante um tempo razoável; deixou o país coa metade do dispositivo de extinção cando o perigo aumentava.

Como isto ainda não era suficiente marcharam de ponte. Total só havia uma seca das mais longas que se recordam, uma tormenta tropical com ventos de perto de 100 km por hora nas previsões e uns cantos incêndios já iniciados. Que podia sair mal?

A solução para todo isto: evidentemente a independência.

Concretamente, a convocação dum referendo pela independência, com urnas, censo etc. A celebrar entre o primeiro de Setembro e mediados de Outubro do o ano que vem, com colégios eleitorais nos principais montes do país. A data concreta já segundo nos diga MeteoGalicia.

Confiamos em que o presidente Feijoó se sacrificar pelo bem país. Total, o pior que lhe pode passar e que o intervenham pelo 155.