O intervencionismo autoritário do capital
É dize a conversão do Estado espanhol num protetorado do capitalismo, comandado por Alemanha
Venho de escutar recentemente a notícia que a Comissão Europeia vem de anunciar que esta mesma semana enviará a Madrid uma equipa de expert@s comunitários com o fim de colaborar com as autoridades espanholas na elaboração de um plano para combater o desemprego juvenil do Estado espanhol.
Imediatamente me lembrei de um artigo meu de agosto do ano 2010 no que me fazia eco do que nos anunciava o jornalista catalão Rafael Poch, a respeito dos planos que o lider do capitalismo na Europa, é dizer Alemanha, pensava pôr em prática a partires do mês de Setembro desse mesmo ano.
O plano consistia em que a troco das ajudas para a reestruturação da dívida, o governos de estados como o de Grécia, Portugal e Espanha teriam de aceitar a perda da pouca soberania que ainda lhes restava. Criar-se-ia um diretório com amplos poderes, com base em Berlim, com o objectivo de governar amplos aspetos das suas economias e políticas orçamentais, o que requeria restrições de soberania.
Assim segundo Rafael Poch, que recolhia informação do jornal alemão Der Spiegel a concreção do plano traduzia-se em que "um indivíduo, ou grupo de indivíduos, familiarizados com as caraterísticas regionais do estado devedor fariam-se com o controlo da política orçamental.
Depois de ter visto o que está a acontecer na Grécia e em Portugal com as políticas econômicas impostas pela chamada "troika", agora toca-lhe o turno ao Estado espanhol de acordo com o plano do que nos informava o jornalista catalão.
Assim a chegada nesta semana, a Madrid, desta equipa enviada pela Comissão Europeia para "colaborar" com as autoridades espanholas, entendo eu, que no é nem mais nem menos que a execução, com algo de retraso, do plano que inicialmente estava previsto par setembro de 2010. É dize a conversão do Estado espanhol num protetorado do capitalismo, comandado por Alemanha.
Este plano elaborado pelo grande capital recebeu a confirmação oficial o passado dia 30 de janeiro na reunião da Cimeira da União Europeia onde se aprovou o Tratado sobre a Estabilidade, Coordenação e a Governança na União Econômica e Monetária, a instância de Alemanha.
Este Tratado, que não faz parte dos Tratados da UE com o fim de evitar que tenha de ser referendado, e que só entrará em vigor em 12 dos 27 Estados Membro, é conhecido como o Consenso de Bruxelas a imitação do também conhecido como consenso de Washington.
De acordo com o mesmo a Comissão Europeia (CE) converte-se num vigiador dos orçamentos estatais e terá como missão decidir, por riba dos governos estatais, a política orçamentária de cada Estado e faculta à Corte de Justiça Europeia para aplicar sanções aos Estados que não cumpram com as novas regras que impedem estes incorrer em excessivos níveis de dívida.
O Consenso de Washington foi empregado no anos 90 para impor a América Latina uma determinada politica econômica destinada a destruir o pouco que havia do estado do bem-estar e implantar, entre outras, políticas de austeridade, de défice zero, de venda dos bens do Estado a preço de saldo, de privatização dos serviços públicos ou de flexividade laboral com o fim de destruírem os sindicatos e com elo os direitos da classe trabalhadora. A plicação destas medidas, que são as mesmas que agora se querem aplicar na UE, teve graves consequências para os povos da América Latina.
Debemos, por tanto, aprender da experiência sofridas por outros povos para tirar as lições de qual é o caminho a seguir para lutar contra a implantação destas políticas draconianas. Já na Grécia, como caso mais extremo, a povoação está a padecer os efeitos dum jeito muito grave, cada dia são mais as notícias que falam de crianças mal nutridas, de crianças abandonadas porque os seus progenitores não são quem de lhe poder proporcionar alimentos. Isto lembra-me, precisamente as imagens, de finais dos anos 90, de crianças a morrer do fome numa Argentina farturenta. Suponho, afirmo, que as políticas econômicas desenhadas pelo imperialismo tem todo a ver com todos estes casos.
Tendo de conta o que se passou na América Latina, que teve de atravessar uma longa etapa de acumulação de forças até conseguir implantar governos de esquerdas e nacionalista, e nalguns casos de orientação socialista, numa boa parte de países Latino-americanos, aqui e agora é o momento de organizar a resistência e a luta contra as políticas reacionárias da direita com o objetivo de organizar e consciencializar à sociedade a fim de passar à ofensiva no momento propício.
Bem certo é que as condições econômicas, sociais e políticas da Europa atual não são as mesmas que as da América Latina dos anos 90 e 2000, mas sim é certo que nos encontramos perante desenhos muito parecidos da direita econômica para conseguir o mesmo; apropriar-se da riqueza produzida pela força do trabalho e deste jeito acrescentar a taxa de exploração e garantir a sua taxa de lucro.
Neste sentido todos os esforços de debate, divulgação, pedagogia e mobilização social são necessários e imprescindíveis nesse processo de acumulação de forças para fazer frente às políticas econômicas e sociais que nos quer impor o capital, a traves de distintos instrumentos como podem ser a "troika", o Consenso de Bruxelas ou o Governo Espanhol. Por isso considero oportuna e imprescindível a convocatória de greve geral feita pela CIG para o 29 de Março.
Venho de escutar recentemente a notícia que a Comissão Europeia vem de anunciar que esta mesma semana enviará a Madrid uma equipa de expert@s comunitários com o fim de colaborar com as autoridades espanholas na elaboração de um plano para combater o desemprego juvenil do Estado espanhol.
Imediatamente me lembrei de um artigo meu de agosto do ano 2010 no que me fazia eco do que nos anunciava o jornalista catalão Rafael Poch, a respeito dos planos que o lider do capitalismo na Europa, é dizer Alemanha, pensava pôr em prática a partires do mês de Setembro desse mesmo ano.
O plano consistia em que a troco das ajudas para a reestruturação da dívida, o governos de estados como o de Grécia, Portugal e Espanha teriam de aceitar a perda da pouca soberania que ainda lhes restava. Criar-se-ia um diretório com amplos poderes, com base em Berlim, com o objectivo de governar amplos aspetos das suas economias e políticas orçamentais, o que requeria restrições de soberania.
Assim segundo Rafael Poch, que recolhia informação do jornal alemão Der Spiegel a concreção do plano traduzia-se em que "um indivíduo, ou grupo de indivíduos, familiarizados com as caraterísticas regionais do estado devedor fariam-se com o controlo da política orçamental.
Depois de ter visto o que está a acontecer na Grécia e em Portugal com as políticas econômicas impostas pela chamada "troika", agora toca-lhe o turno ao Estado espanhol de acordo com o plano do que nos informava o jornalista catalão.
Assim a chegada nesta semana, a Madrid, desta equipa enviada pela Comissão Europeia para "colaborar" com as autoridades espanholas, entendo eu, que no é nem mais nem menos que a execução, com algo de retraso, do plano que inicialmente estava previsto par setembro de 2010. É dize a conversão do Estado espanhol num protetorado do capitalismo, comandado por Alemanha.
Este plano elaborado pelo grande capital recebeu a confirmação oficial o passado dia 30 de janeiro na reunião da Cimeira da União Europeia onde se aprovou o Tratado sobre a Estabilidade, Coordenação e a Governança na União Econômica e Monetária, a instância de Alemanha.
Este Tratado, que não faz parte dos Tratados da UE com o fim de evitar que tenha de ser referendado, e que só entrará em vigor em 12 dos 27 Estados Membro, é conhecido como o Consenso de Bruxelas a imitação do também conhecido como consenso de Washington.
De acordo com o mesmo a Comissão Europeia (CE) converte-se num vigiador dos orçamentos estatais e terá como missão decidir, por riba dos governos estatais, a política orçamentária de cada Estado e faculta à Corte de Justiça Europeia para aplicar sanções aos Estados que não cumpram com as novas regras que impedem estes incorrer em excessivos níveis de dívida.
O Consenso de Washington foi empregado no anos 90 para impor a América Latina uma determinada politica econômica destinada a destruir o pouco que havia do estado do bem-estar e implantar, entre outras, políticas de austeridade, de défice zero, de venda dos bens do Estado a preço de saldo, de privatização dos serviços públicos ou de flexividade laboral com o fim de destruírem os sindicatos e com elo os direitos da classe trabalhadora. A plicação destas medidas, que são as mesmas que agora se querem aplicar na UE, teve graves consequências para os povos da América Latina.
Debemos, por tanto, aprender da experiência sofridas por outros povos para tirar as lições de qual é o caminho a seguir para lutar contra a implantação destas políticas draconianas. Já na Grécia, como caso mais extremo, a povoação está a padecer os efeitos dum jeito muito grave, cada dia são mais as notícias que falam de crianças mal nutridas, de crianças abandonadas porque os seus progenitores não são quem de lhe poder proporcionar alimentos. Isto lembra-me, precisamente as imagens, de finais dos anos 90, de crianças a morrer do fome numa Argentina farturenta. Suponho, afirmo, que as políticas econômicas desenhadas pelo imperialismo tem todo a ver com todos estes casos.
Tendo de conta o que se passou na América Latina, que teve de atravessar uma longa etapa de acumulação de forças até conseguir implantar governos de esquerdas e nacionalista, e nalguns casos de orientação socialista, numa boa parte de países Latino-americanos, aqui e agora é o momento de organizar a resistência e a luta contra as políticas reacionárias da direita com o objetivo de organizar e consciencializar à sociedade a fim de passar à ofensiva no momento propício.
Bem certo é que as condições econômicas, sociais e políticas da Europa atual não são as mesmas que as da América Latina dos anos 90 e 2000, mas sim é certo que nos encontramos perante desenhos muito parecidos da direita econômica para conseguir o mesmo; apropriar-se da riqueza produzida pela força do trabalho e deste jeito acrescentar a taxa de exploração e garantir a sua taxa de lucro.
Neste sentido todos os esforços de debate, divulgação, pedagogia e mobilização social são necessários e imprescindíveis nesse processo de acumulação de forças para fazer frente às políticas econômicas e sociais que nos quer impor o capital, a traves de distintos instrumentos como podem ser a "troika", o Consenso de Bruxelas ou o Governo Espanhol. Por isso considero oportuna e imprescindível a convocatória de greve geral feita pela CIG para o 29 de Março.