Mateus 25, 29
A crise está-se utilizando para radicalizar políticas que aumentam as desigualdades e a concentraçom da riqueza
Vimos sinalando em diversos artigos publicados anteriormente que as políticas preconizadas pola UE, antes e depois da crise, tivérom e estám tendo como resultado aumentar as desigualdades sociais e também a marginaçom da Galiza.
Nos últimos tempos assistimos à publicaçom de diversos trabalhos que corroboram este incremento das desigualdades. O informe FOESSA 2013 constata que o incremento da pobreza severa no Estado Espanhol está sendo mais acentuado que no conjunto da UE. O indicador AROPE proposto pola UE que mede pobreza e exclusom social incrementou-se em 4,1% entre 2008 e 2011, é dizer, 2.300.063 novas pessoas nessa situaçom. O informe sobre a infância 2012-2013 publicado por UNICEF o ano passado constata um incremento da pobreza infantil no Estado de 10% em apenas dous anos para situar-se em 2’2 milhons de nenas e nenos. O incremento foi especialmente acusado na denominada pobreza alta (receitas inferiores a 40% da mediana). A percentagem de crianças em risco de pobreza ou exclusom situa-se nos Estados intervidos (Irlanda, Estado Espanhol, Grécia e Portugal) por riba da média comunitária.
Ademais houvo umha considerável reduçom de gasto público de carácter social que está obrigando às famílias a novas despesas em bens ou serviços que antes estavam cobertos pola administraçom pública. O próprio informe de UNICEF lembra que Galiza suprimiu a gratuidade universal dos livros de texto substituindo por um sistema de becas com muito menos alcance. É só um exemplo ao que poderiamos acrescentar muitos outros.
Na Galiza um estudo de Cáritas dado a conhecer nesta mesma semana situa em 650 mil o número de persoas em situaçom de exclusom social na Galiza. A pobreza severa afectaria a 120 mil galegas e galegos. Os dados apresentados por Caritas em Maio de 2012 falavam de 600 mil e 100 mil pessoas, isto é, houvo um incremento de 8% na exclusom social e de 20% na pobreza severa num ano. Umha pobreza que tem rosto de mulher embora o perfil das afectadas e afectados se está difuminando a medida que se estende a pobreza.
O IGE eleva a 54% a percentagem de fogares que chega a fim de mês com dificuldade ou com moita dificuldade. A percentagem de fogares que chega a fim de mês com moita dificuldade aumentou 11 pontos entre o primeiro trimestre de 2012 e o primeiro trimestre de 2013 (último dado publicado).
Evidentemente este crescimento da pobreza está muito relacionada com a situaçom do mercado laboral: crescimento do desemprego, incremento do desemprego de longa duraçom e esgotamento das prestaçons de desemprego. En tres o número de fogares com algumha pessoa activa na que nengumha trabalha aumentou 53% para situar-se no primeiro trimestre de 2012 em 93 mil. Em 33 mil nom há nengumha fonte de ingressos, praticamente o duplo que três anos antes.
Agora bem a desigualdade também se dá entre as pessoas que tenhem emprego. Segundo as declaraçons do IRPF de 2010 na Galiza o 2,5% das liquidaçons, aquelas com maiores rendimentos dinerários do trabalho, acumulam uns ingressos deste tipo superiores ao 23% das declaraçons, aquelas de menores rendimentos do trabalho. Noutras palavras, apenas perto de 28 mil declaraçons supoñen un volume de ingresos que multiplica por 1'4 os ingressos conjunto de 234 mil declaraçons. No extremos superior, as 2 mil liquidaçons de maior importe representam um volume de ingressos que praticamente duplica o das 89 mil de menor importe. Isto contabilizando unicamente os retribuçons dinerárias do trabalho sem ter em conta outro tipo de ingressos que som os que em realidade explicam a maior parte das desigualdades (rendimentos do capital,...).
A crise está-se utilizando para radicalizar políticas que aumentam as desigualdades e a concentraçom da riqueza. Políticas que semelham inspiradas no conhecido versículo do Evangelho segundo Sam Mateus: porque a todo aquele que tem será dado, e terá em abundância; mas daquele que nom tem, até o que tem será tirado (Mateus 25, 29)
Vimos sinalando em diversos artigos publicados anteriormente que as políticas preconizadas pola UE, antes e depois da crise, tivérom e estám tendo como resultado aumentar as desigualdades sociais e também a marginaçom da Galiza.
Nos últimos tempos assistimos à publicaçom de diversos trabalhos que corroboram este incremento das desigualdades. O informe FOESSA 2013 constata que o incremento da pobreza severa no Estado Espanhol está sendo mais acentuado que no conjunto da UE. O indicador AROPE proposto pola UE que mede pobreza e exclusom social incrementou-se em 4,1% entre 2008 e 2011, é dizer, 2.300.063 novas pessoas nessa situaçom. O informe sobre a infância 2012-2013 publicado por UNICEF o ano passado constata um incremento da pobreza infantil no Estado de 10% em apenas dous anos para situar-se em 2’2 milhons de nenas e nenos. O incremento foi especialmente acusado na denominada pobreza alta (receitas inferiores a 40% da mediana). A percentagem de crianças em risco de pobreza ou exclusom situa-se nos Estados intervidos (Irlanda, Estado Espanhol, Grécia e Portugal) por riba da média comunitária.
Ademais houvo umha considerável reduçom de gasto público de carácter social que está obrigando às famílias a novas despesas em bens ou serviços que antes estavam cobertos pola administraçom pública. O próprio informe de UNICEF lembra que Galiza suprimiu a gratuidade universal dos livros de texto substituindo por um sistema de becas com muito menos alcance. É só um exemplo ao que poderiamos acrescentar muitos outros.
Na Galiza um estudo de Cáritas dado a conhecer nesta mesma semana situa em 650 mil o número de persoas em situaçom de exclusom social na Galiza. A pobreza severa afectaria a 120 mil galegas e galegos. Os dados apresentados por Caritas em Maio de 2012 falavam de 600 mil e 100 mil pessoas, isto é, houvo um incremento de 8% na exclusom social e de 20% na pobreza severa num ano. Umha pobreza que tem rosto de mulher embora o perfil das afectadas e afectados se está difuminando a medida que se estende a pobreza.
O IGE eleva a 54% a percentagem de fogares que chega a fim de mês com dificuldade ou com moita dificuldade. A percentagem de fogares que chega a fim de mês com moita dificuldade aumentou 11 pontos entre o primeiro trimestre de 2012 e o primeiro trimestre de 2013 (último dado publicado).
Evidentemente este crescimento da pobreza está muito relacionada com a situaçom do mercado laboral: crescimento do desemprego, incremento do desemprego de longa duraçom e esgotamento das prestaçons de desemprego. En tres o número de fogares com algumha pessoa activa na que nengumha trabalha aumentou 53% para situar-se no primeiro trimestre de 2012 em 93 mil. Em 33 mil nom há nengumha fonte de ingressos, praticamente o duplo que três anos antes.
Agora bem a desigualdade também se dá entre as pessoas que tenhem emprego. Segundo as declaraçons do IRPF de 2010 na Galiza o 2,5% das liquidaçons, aquelas com maiores rendimentos dinerários do trabalho, acumulam uns ingressos deste tipo superiores ao 23% das declaraçons, aquelas de menores rendimentos do trabalho. Noutras palavras, apenas perto de 28 mil declaraçons supoñen un volume de ingresos que multiplica por 1'4 os ingressos conjunto de 234 mil declaraçons. No extremos superior, as 2 mil liquidaçons de maior importe representam um volume de ingressos que praticamente duplica o das 89 mil de menor importe. Isto contabilizando unicamente os retribuçons dinerárias do trabalho sem ter em conta outro tipo de ingressos que som os que em realidade explicam a maior parte das desigualdades (rendimentos do capital,...).
A crise está-se utilizando para radicalizar políticas que aumentam as desigualdades e a concentraçom da riqueza. Políticas que semelham inspiradas no conhecido versículo do Evangelho segundo Sam Mateus: porque a todo aquele que tem será dado, e terá em abundância; mas daquele que nom tem, até o que tem será tirado (Mateus 25, 29)