Galiza rural, orgulhosa de ser
O passado dia 17 de março vem-se de celebrar a primeira assembléia nacional de FRUGA
O 28 de novembro de 2009, teve lugar na cidade de Lugo a assembléia constituinte da Federação Rural Galega (FRUGA). Esta nova estrutura organizativa nasceu com a vontade de ser uma organização profissional agro-rural e como um instrumento de representação e defesa da maioria das explorações galegas, expressão da necessidade de auto-organização dos setores produtivos que assentam a sua atividade no meio rural galego. Acreditamos que Galiza é uma nação, com caraterísticas próprias que a definem como tal. Elementos diferenciadores como é, ter um território com uma geografia perfeitamente diferenciada, uma climatologia que nos caracteriza (ainda que este ano não esteja sendo assim) e um modo de assentamento da povoação sobre o território singular, ajudam a conformar um modelo agrário próprio e diferenciado.
Assentes as nossas analises nestes princípios é o que nos permite afirmar que organizações com presença na Galiza integradas ou que recentemente decidiram se integrar em estruturas que têm os seus centros de decisão fora da Galiza, em concreto em Madrid, não são o melhor instrumento para a defesa do setor agrário galego. Isto não quer dizer que FRUGA se negue a manter relações com outras organizações de outros âmbitos de atuação tanto a nível estatal como europeu ou mesmo mundial.
A vontade de ser uma ferramenta para a maioria das explorações da Galiza tem-nos obrigado a elaborar propostas que têm como fim contribuir a reforçar a viabilidade das mesmas ao tempo que permitam ir caminhando cara o desenvolvimento duma agricultura respeitosa com o meio ambiente e comprometida com a preservação do mesmo. Por isso mesmo a defesa dos avanços conseguidos pelo nacionalismo na ação do governo (Banco de Terra, gestão florestal racional, multifuncional e eficiente, Contrato de Exploração Sustentável, Contratos Homologados, instrumentos de interlocução com o sector, etc.) se têm convertido nos eixos das nossas propostas e do nosso trabalho.
Para levar avante estas alternativas desde FRUGA somos conscientes de que se faz necessário estabelecer alianças com aquelas organizações que partilham com nós diagnósticos e propostas para dar resposta à situação que está a viver o rural da Galiza. Nesse sentido se têm concertado convênios de colaboração com a Organização Galega de Comunidades de Montes Vizinhais em Mão Comum (ORGACCMM) e com a Confederação Intersindical Galega (CIG). Fruto desse trabalho em comum, nos últimos meses, estas organizações junto com a Associação para a Defesa Ecológica da Galiza (ADEGA), temos apresentado alegações conjuntas ao projeto de Lei de Montes da Galiza, assim como uma campanha de divulgação das nossas propostas. Neste mesmo sentido também se apresentarão alegações comuns ao projeto de Lei da Caça, e todas estas organizações coincidimos na Plataforma que lhe deu contestação às intenções do governo galego de instalar uma incineradora de resíduos no concelho do Irixo. Sem esquecer o trabalho feito e o êxito conseguido, em colaboração com outras organizações, ao ser quem de impedir que o governo municipal do PP de Santiago de Compostela fechara a Feira de Gado de Ámio.
Nestes momentos está-se a trabalhar na constituição de um instrumento estável que serva de aliança estratégica para a defesa do rural galego perante das distintas agressões que está a padecer. Contra a desertificação, contra a privatização dos serviços públicos (ensino, sanidade, serviços sociais, serviços agrários e veterinários, etc.), por umas condições de vida digna para as pessoas que vivem neste médio e por um meio rural multifuncional, sustentável e vivo. Estes serão, entre outros, os objetivos que deveriam guiar o nosso trabalho e os nosso esforços.
Sendo coerentes com a pretensão de ser um instrumento de representação e defesa da maioria das explorações galegas e perante as iminentes eleições para a renovação dos órgãos de governo de determinados conselhos reguladores, entre eles os das Denominações de Origem das zonas vitícolas galegas, assim como o da Indicação Geográfica Protegida "Terneira Galega", e do conselho regulador de Agricultura Ecológica da Galiza, a nossa intenção é apresentar candidaturas a cada um deles. Logo de transcorridos mais de dois anos desde a celebração da assembléia constituinte, o passado dia 17 de março vem-se de celebrar a primeira assembléia nacional de FRUGA, na localidade de Silheda baixo o lema "Galiza rural, orgulhosa de ser".
Com este lema queremos transmitir a idéia de estarmos orgulhosos e orgulhosas de ser da Galiza e do Rural. Queremos reivindicar com ele o duplo sentimento de sentirmo-nos o orgulho de pertencer ao rural de uma nação como a galega, ao tempo que reclamamos umas condições de vida digna para todas as pessoas que vivem no mesmo, sem por isso ser discriminadas negativamente a respeito de quem vive nas zonas não rurais do País.
Esta assembléia serviu para dotarmo-nos de um corpus programático e teórico para fazer frente à situação atual que padece este setor, marcada inevitavelmente, também, pela crise do modelo econômico e social imperante e pelas medidas adotadas ou em transcurso de adotar por parte das administrações implicadas (União Européia, Governo espanhol e Junta da Galiza). Nesse sentido merece ser destacada a analise feita e as alternativas apresentadas a respeito da proposta de nova política agrária comum (PAC) para o período 2014-2020. Mas também foram objeto de debate a situação e as alternativas propostas para os setores do leite, do vacum de carne, do vinho, dos produtos hortícolas e do monte.
Estas ferramentas têm de ajudar a reforçar a organização, com o fim de que serva para defender o nosso médio de vida, é dizer a atividade agrária como fundamento para que possa existir um mundo rural vivo, ao tempo que seja capaz de propor alternativas e propostas sem esquecer a procura de sinergias e alianças para poder levar avante estes objetivos.
O 28 de novembro de 2009, teve lugar na cidade de Lugo a assembléia constituinte da Federação Rural Galega (FRUGA). Esta nova estrutura organizativa nasceu com a vontade de ser uma organização profissional agro-rural e como um instrumento de representação e defesa da maioria das explorações galegas, expressão da necessidade de auto-organização dos setores produtivos que assentam a sua atividade no meio rural galego. Acreditamos que Galiza é uma nação, com caraterísticas próprias que a definem como tal. Elementos diferenciadores como é, ter um território com uma geografia perfeitamente diferenciada, uma climatologia que nos caracteriza (ainda que este ano não esteja sendo assim) e um modo de assentamento da povoação sobre o território singular, ajudam a conformar um modelo agrário próprio e diferenciado.
Assentes as nossas analises nestes princípios é o que nos permite afirmar que organizações com presença na Galiza integradas ou que recentemente decidiram se integrar em estruturas que têm os seus centros de decisão fora da Galiza, em concreto em Madrid, não são o melhor instrumento para a defesa do setor agrário galego. Isto não quer dizer que FRUGA se negue a manter relações com outras organizações de outros âmbitos de atuação tanto a nível estatal como europeu ou mesmo mundial.
A vontade de ser uma ferramenta para a maioria das explorações da Galiza tem-nos obrigado a elaborar propostas que têm como fim contribuir a reforçar a viabilidade das mesmas ao tempo que permitam ir caminhando cara o desenvolvimento duma agricultura respeitosa com o meio ambiente e comprometida com a preservação do mesmo. Por isso mesmo a defesa dos avanços conseguidos pelo nacionalismo na ação do governo (Banco de Terra, gestão florestal racional, multifuncional e eficiente, Contrato de Exploração Sustentável, Contratos Homologados, instrumentos de interlocução com o sector, etc.) se têm convertido nos eixos das nossas propostas e do nosso trabalho.
Para levar avante estas alternativas desde FRUGA somos conscientes de que se faz necessário estabelecer alianças com aquelas organizações que partilham com nós diagnósticos e propostas para dar resposta à situação que está a viver o rural da Galiza. Nesse sentido se têm concertado convênios de colaboração com a Organização Galega de Comunidades de Montes Vizinhais em Mão Comum (ORGACCMM) e com a Confederação Intersindical Galega (CIG). Fruto desse trabalho em comum, nos últimos meses, estas organizações junto com a Associação para a Defesa Ecológica da Galiza (ADEGA), temos apresentado alegações conjuntas ao projeto de Lei de Montes da Galiza, assim como uma campanha de divulgação das nossas propostas. Neste mesmo sentido também se apresentarão alegações comuns ao projeto de Lei da Caça, e todas estas organizações coincidimos na Plataforma que lhe deu contestação às intenções do governo galego de instalar uma incineradora de resíduos no concelho do Irixo. Sem esquecer o trabalho feito e o êxito conseguido, em colaboração com outras organizações, ao ser quem de impedir que o governo municipal do PP de Santiago de Compostela fechara a Feira de Gado de Ámio.
Nestes momentos está-se a trabalhar na constituição de um instrumento estável que serva de aliança estratégica para a defesa do rural galego perante das distintas agressões que está a padecer. Contra a desertificação, contra a privatização dos serviços públicos (ensino, sanidade, serviços sociais, serviços agrários e veterinários, etc.), por umas condições de vida digna para as pessoas que vivem neste médio e por um meio rural multifuncional, sustentável e vivo. Estes serão, entre outros, os objetivos que deveriam guiar o nosso trabalho e os nosso esforços.
Sendo coerentes com a pretensão de ser um instrumento de representação e defesa da maioria das explorações galegas e perante as iminentes eleições para a renovação dos órgãos de governo de determinados conselhos reguladores, entre eles os das Denominações de Origem das zonas vitícolas galegas, assim como o da Indicação Geográfica Protegida "Terneira Galega", e do conselho regulador de Agricultura Ecológica da Galiza, a nossa intenção é apresentar candidaturas a cada um deles. Logo de transcorridos mais de dois anos desde a celebração da assembléia constituinte, o passado dia 17 de março vem-se de celebrar a primeira assembléia nacional de FRUGA, na localidade de Silheda baixo o lema "Galiza rural, orgulhosa de ser".
Com este lema queremos transmitir a idéia de estarmos orgulhosos e orgulhosas de ser da Galiza e do Rural. Queremos reivindicar com ele o duplo sentimento de sentirmo-nos o orgulho de pertencer ao rural de uma nação como a galega, ao tempo que reclamamos umas condições de vida digna para todas as pessoas que vivem no mesmo, sem por isso ser discriminadas negativamente a respeito de quem vive nas zonas não rurais do País.
Esta assembléia serviu para dotarmo-nos de um corpus programático e teórico para fazer frente à situação atual que padece este setor, marcada inevitavelmente, também, pela crise do modelo econômico e social imperante e pelas medidas adotadas ou em transcurso de adotar por parte das administrações implicadas (União Européia, Governo espanhol e Junta da Galiza). Nesse sentido merece ser destacada a analise feita e as alternativas apresentadas a respeito da proposta de nova política agrária comum (PAC) para o período 2014-2020. Mas também foram objeto de debate a situação e as alternativas propostas para os setores do leite, do vacum de carne, do vinho, dos produtos hortícolas e do monte.
Estas ferramentas têm de ajudar a reforçar a organização, com o fim de que serva para defender o nosso médio de vida, é dizer a atividade agrária como fundamento para que possa existir um mundo rural vivo, ao tempo que seja capaz de propor alternativas e propostas sem esquecer a procura de sinergias e alianças para poder levar avante estes objetivos.