Eric Toussaint e a Teoria da Déveda ilegítima
As palestras de Éric Toussaint e Francisco Louçã forom os dous pontos culminantes da semana galega de filosofia deste ano
As palestras de Éric Toussaint e Francisco Louçã forom os dous pontos culminantes da semana galega de filosofia deste ano. Em ambos casos o tema era a déveda mais a nível histórico e teórico na palestra de Louçã e mais como saímos desta a de Toussaint.
A palestra de Toussaint está disponível na videoteca de Terra e Tempo e recomendo o seu visionado a todos os que não tiveram oportunidade de assistir.
Os temas centrais forom os conceitos de déveda odiosa e ilegítima. A déveda odiosa è a contraída por um governo despótico para reforçar seu poder, por exemplo o gasto duma ditadura em armas, um governo democrático não tem porque a pagar. A déveda ilegítima é a contraída por um poder formalmente democrático mas na que a vontade dos cidadãos não se tem em conta como é o caso do pago da déveda dos bancos recortando os serviços públicos e os investimentos.
Estou a ler estes dias do livro coordenado por Damien Millet e Éric Toussaint, La deuda o la vida, que amplia as considerações feitas na palestra cuma chea de exemplos para ilustrar as teses principais. O livro conta duas ducias de ensaios, a metade de Toussaint e o resto de outros autores. Ensaios curtos e dereitos ao tema, nada de palha.
Uma cousa que se constata, já no prólogo, é que a operação pola que estamos a passar vem a ser a mesma pola que já passaram Agentina, México e outros países do terceiro mundo. O FMI está a aplicar as mesmas receitas de redução de salários, privatizações de canto serviço publico seja rendível ou se poida saquear, desprezo polas decisões dos eleitores que já aplicou no Terceiro Mundo. E a condição de países do primeiro mundo na que confiavam moitos cidadãos do Reino da Espanha e outros países europeus resultou não valer de nada.
Resulta fascinante estar a ler no livro sobre os movimentos prometedores na esquerda grega, como uma diputada do PASOK (o equivalente grego do PSOE) que abandoara a disciplina do seu partido para pedir uma auditoria da déveda e determinar que parte era legitima ( excluir subornos, a déveda da ditadura dos coronéis etc) ou falar dum tal Alexis Tsipras daquela lider dum pequeno partido chamado Sinapismos que estava a pedir o mesmo. Quem havia imaginar no 2010 que o bloco que resultou desas demandas havia chegar a segunda força política de Grécia e com posibilidade de ser a primeira nas eleçoes convocadas para Junho?
Um par de cousas das que um se decata ao ler o livro e que não imos ver nos médios de comunicação:
- A primeira é que o FMI, a organização que mais tem feito por estender a miséria no mundo estava a quedar marginado antes de que a crise do 2008 o voltasse á zona euro. O banco tinha problemas porque moitos países do terceiro mundo pagaram as suas dévedas. A crise chegou justo a tempo para eles.
- A segunda é que o pacto de Lisboa. Este acordo é o que proíbe que o Banco Central Europeo, financiado cós impostos dos cidadãos da zona euro, preste cartos a os governos o que obriga a estes a pagar aos bancos ao 5% (até um 17% no caso de Grécia) polo mesmo dinheiro que o BCE emprestou aos bancos ao 1%. Pois bem este acordo, que é el só a metade da crise, foi assinado do 2007, menos dum ano antes da crise. Outra vez, justo a tempo.
As palestras de Éric Toussaint e Francisco Louçã forom os dous pontos culminantes da semana galega de filosofia deste ano. Em ambos casos o tema era a déveda mais a nível histórico e teórico na palestra de Louçã e mais como saímos desta a de Toussaint.
A palestra de Toussaint está disponível na videoteca de Terra e Tempo e recomendo o seu visionado a todos os que não tiveram oportunidade de assistir.
Os temas centrais forom os conceitos de déveda odiosa e ilegítima. A déveda odiosa è a contraída por um governo despótico para reforçar seu poder, por exemplo o gasto duma ditadura em armas, um governo democrático não tem porque a pagar. A déveda ilegítima é a contraída por um poder formalmente democrático mas na que a vontade dos cidadãos não se tem em conta como é o caso do pago da déveda dos bancos recortando os serviços públicos e os investimentos.
Estou a ler estes dias do livro coordenado por Damien Millet e Éric Toussaint, La deuda o la vida, que amplia as considerações feitas na palestra cuma chea de exemplos para ilustrar as teses principais. O livro conta duas ducias de ensaios, a metade de Toussaint e o resto de outros autores. Ensaios curtos e dereitos ao tema, nada de palha.
Uma cousa que se constata, já no prólogo, é que a operação pola que estamos a passar vem a ser a mesma pola que já passaram Agentina, México e outros países do terceiro mundo. O FMI está a aplicar as mesmas receitas de redução de salários, privatizações de canto serviço publico seja rendível ou se poida saquear, desprezo polas decisões dos eleitores que já aplicou no Terceiro Mundo. E a condição de países do primeiro mundo na que confiavam moitos cidadãos do Reino da Espanha e outros países europeus resultou não valer de nada.
Resulta fascinante estar a ler no livro sobre os movimentos prometedores na esquerda grega, como uma diputada do PASOK (o equivalente grego do PSOE) que abandoara a disciplina do seu partido para pedir uma auditoria da déveda e determinar que parte era legitima ( excluir subornos, a déveda da ditadura dos coronéis etc) ou falar dum tal Alexis Tsipras daquela lider dum pequeno partido chamado Sinapismos que estava a pedir o mesmo. Quem havia imaginar no 2010 que o bloco que resultou desas demandas havia chegar a segunda força política de Grécia e com posibilidade de ser a primeira nas eleçoes convocadas para Junho?
Um par de cousas das que um se decata ao ler o livro e que não imos ver nos médios de comunicação:
- A primeira é que o FMI, a organização que mais tem feito por estender a miséria no mundo estava a quedar marginado antes de que a crise do 2008 o voltasse á zona euro. O banco tinha problemas porque moitos países do terceiro mundo pagaram as suas dévedas. A crise chegou justo a tempo para eles.
- A segunda é que o pacto de Lisboa. Este acordo é o que proíbe que o Banco Central Europeo, financiado cós impostos dos cidadãos da zona euro, preste cartos a os governos o que obriga a estes a pagar aos bancos ao 5% (até um 17% no caso de Grécia) polo mesmo dinheiro que o BCE emprestou aos bancos ao 1%. Pois bem este acordo, que é el só a metade da crise, foi assinado do 2007, menos dum ano antes da crise. Outra vez, justo a tempo.