A perversão da realidade: direitos individuais e colectivos
Nestes tempos que correm de crise do sistema capitalista estamos a assistir a um intenso e profundo confronto de ideias
Nestes tempos que correm de crise do sistema capitalista estamos a assistir a um intenso e profundo confronto de ideias.
Por um lado temos os centros, os núcleos de pensamento encarregados de elaborar e propalar as ideias forza justificadoras da bondade do sistema, em definitiva as ideologias encarregadas de sustenta-lo, e perante deles temos as ideias, as ideologias, ou o que é o mesmo as pessoas e organizações que tantamos qustionar este sistema ao tempo que tentamos procurar alternativas para supera-lo.
No chamado mundo occidental, que podemos assimilar com o que se pode considerar o centro do sistema, as forzas que nos estamos a confrontar estamo-lo a fazer com meios totalmente dispares. As que procuram sustentar o sistema contam com todos os instrumentos havidos e por haver ao seu dispor, dispõem de imenso poder económico, político, coercitivo e sobretudo mediático, que numa briga de ideias, nestes momentos e nestas circunstâncias, cumple uma função fulcral, pela contra as forzas que tentamos questiona-lo dispomos, mormente, da nossa vontade e da nossa capacidade de trabalho e de organização, mas contando com escasos meios e sobretudo silenciadas.
Com este panorama não é de estranhar que a realidade passe desapercebida para a maioria da povoação e mesmo que acredite numa interpretação da realidade totalmente pervertida e falseada.
Assim temos que, de acreditar na versão publicada pelos meios de comunicação, a causa da crise provocada pelo modelo capitalista têm-nas, as pessoas reformadas, a gente que está no paro, a que usa dos serviços públicos, os inmigrantes, os sindicatos de classe e os e as liberadas sindicais, e não por suposto a burguesia e os grandes especuladores da bolsa e da banca e o seus desejos irrefreáveis de maximizar os lucros e diminuir os custes.
Um dos casos mais paradigmaticos temo-lo com a situação do nosso idioma nacional, o galego. Agora resulta que, de dar crédito à burda manipulação da realidade, é o idioma galego o que se quer impor, o idioma agressor, e o idioma em inferioridade de condições, o idioma minoritário, o idioma agredido é o espanhol. O mundo do reves, mas no que muita gente acretida porque é a visão que os poderes fáticos esmagadoramente se encarregam de incutir.
A segunda manobra intimamente ligada com a anterior consiste e nos fazer acreditar em que a questão do uso dum ou doutro idioma é um assunto ligado com a liberdade individual. Aqui e agora o povo galego, a nação galega, desaparece para se transformar numa amalgama, num magama, de indvíduos que não têm nada a ver entre sim e que perante o idioma nacional, fruto da contrucção colectiva desse mesmo povo galego, tem de se comportar como si estiver a eleger uma marca de roupa, de carro ou de electrodomésticos. Isso sim, quenes defende esta presunta prática da sacrosanta liberdade individual, mostram-se totalmente opostos a que as mulheres sejam livres de abortar ou que as pessoas sejam livres de optar por ter dirieto a uma morte digna. Nestes casos a liberdade individual não vale para nada, nem deve ser respeitada.
Segundo a definição do diccionário Priberam da Língua Portuguesa, Liberdade é o "dirieto de proceder conforme nos pareça, contando que esse direito não vá contra o direito de outrem", e também é a "condição do ser humano ou da nação que goza de liberdade". Pois bem desde o meu ponto de vista a liberdade individual somente pode ser exercida em nações livres, de tal jeito que a primeira acepção só pode ser entendida e praticada no caso de que se cumpla a segunda acepção, em contexto de nações que gozem da sua prórpia soberania. Os galegos e galegas não poderemos exercer o nosso direito à liberdade plena entanto a nossa nação, Galiza, continue a ser uma nação oprimida, em definitiva, colonizada.
Devemos combater com todas as nossas forças a trampa na que a extrema-direita espanhola, utilizando todos as ferramentas de que dispõe, entre eles o Governo da Junta de Galiza, nos quere meter, fazendo uso da manipulação do discurso do direito à liberdade individual como instrumento negador do direito à liberdade colectiva, pretendendo negar deste jeito a própria existência da Galiza.
Não é possível a existência de pessoas livres vivendo em sociedades oprimidas. Neste ponto, remato já fazendo-me eco de um texto de Marta Harnecker, que passo a reproduzir a continuação:
"Não existe o cidadão abstracto, como diz o filósofo francês Henry Lefebvfre: alguém que está por cima de todo, que não é rico nem pobre, nem jovem nem velho, nem macho nem fémia (acrescento eu que nem é galego nem espanhol) ou o é-o todo ao mesmo tempo. Como diz o jugoslavo Miofrag Zecevic: O que existe são pessoas concretas que vivem e dependem de outras pessoas, que se associam e organizam de diferentes jeitos com outras pessoas em comunidades e organizações nas que e a meio das que realizam os seus interesses, os seus direitos e as suas obrigas"
Nestes tempos que correm de crise do sistema capitalista estamos a assistir a um intenso e profundo confronto de ideias.
Por um lado temos os centros, os núcleos de pensamento encarregados de elaborar e propalar as ideias forza justificadoras da bondade do sistema, em definitiva as ideologias encarregadas de sustenta-lo, e perante deles temos as ideias, as ideologias, ou o que é o mesmo as pessoas e organizações que tantamos qustionar este sistema ao tempo que tentamos procurar alternativas para supera-lo.
No chamado mundo occidental, que podemos assimilar com o que se pode considerar o centro do sistema, as forzas que nos estamos a confrontar estamo-lo a fazer com meios totalmente dispares. As que procuram sustentar o sistema contam com todos os instrumentos havidos e por haver ao seu dispor, dispõem de imenso poder económico, político, coercitivo e sobretudo mediático, que numa briga de ideias, nestes momentos e nestas circunstâncias, cumple uma função fulcral, pela contra as forzas que tentamos questiona-lo dispomos, mormente, da nossa vontade e da nossa capacidade de trabalho e de organização, mas contando com escasos meios e sobretudo silenciadas.
Com este panorama não é de estranhar que a realidade passe desapercebida para a maioria da povoação e mesmo que acredite numa interpretação da realidade totalmente pervertida e falseada.
Assim temos que, de acreditar na versão publicada pelos meios de comunicação, a causa da crise provocada pelo modelo capitalista têm-nas, as pessoas reformadas, a gente que está no paro, a que usa dos serviços públicos, os inmigrantes, os sindicatos de classe e os e as liberadas sindicais, e não por suposto a burguesia e os grandes especuladores da bolsa e da banca e o seus desejos irrefreáveis de maximizar os lucros e diminuir os custes.
Um dos casos mais paradigmaticos temo-lo com a situação do nosso idioma nacional, o galego. Agora resulta que, de dar crédito à burda manipulação da realidade, é o idioma galego o que se quer impor, o idioma agressor, e o idioma em inferioridade de condições, o idioma minoritário, o idioma agredido é o espanhol. O mundo do reves, mas no que muita gente acretida porque é a visão que os poderes fáticos esmagadoramente se encarregam de incutir.
A segunda manobra intimamente ligada com a anterior consiste e nos fazer acreditar em que a questão do uso dum ou doutro idioma é um assunto ligado com a liberdade individual. Aqui e agora o povo galego, a nação galega, desaparece para se transformar numa amalgama, num magama, de indvíduos que não têm nada a ver entre sim e que perante o idioma nacional, fruto da contrucção colectiva desse mesmo povo galego, tem de se comportar como si estiver a eleger uma marca de roupa, de carro ou de electrodomésticos. Isso sim, quenes defende esta presunta prática da sacrosanta liberdade individual, mostram-se totalmente opostos a que as mulheres sejam livres de abortar ou que as pessoas sejam livres de optar por ter dirieto a uma morte digna. Nestes casos a liberdade individual não vale para nada, nem deve ser respeitada.
Segundo a definição do diccionário Priberam da Língua Portuguesa, Liberdade é o "dirieto de proceder conforme nos pareça, contando que esse direito não vá contra o direito de outrem", e também é a "condição do ser humano ou da nação que goza de liberdade". Pois bem desde o meu ponto de vista a liberdade individual somente pode ser exercida em nações livres, de tal jeito que a primeira acepção só pode ser entendida e praticada no caso de que se cumpla a segunda acepção, em contexto de nações que gozem da sua prórpia soberania. Os galegos e galegas não poderemos exercer o nosso direito à liberdade plena entanto a nossa nação, Galiza, continue a ser uma nação oprimida, em definitiva, colonizada.
Devemos combater com todas as nossas forças a trampa na que a extrema-direita espanhola, utilizando todos as ferramentas de que dispõe, entre eles o Governo da Junta de Galiza, nos quere meter, fazendo uso da manipulação do discurso do direito à liberdade individual como instrumento negador do direito à liberdade colectiva, pretendendo negar deste jeito a própria existência da Galiza.
Não é possível a existência de pessoas livres vivendo em sociedades oprimidas. Neste ponto, remato já fazendo-me eco de um texto de Marta Harnecker, que passo a reproduzir a continuação:
"Não existe o cidadão abstracto, como diz o filósofo francês Henry Lefebvfre: alguém que está por cima de todo, que não é rico nem pobre, nem jovem nem velho, nem macho nem fémia (acrescento eu que nem é galego nem espanhol) ou o é-o todo ao mesmo tempo. Como diz o jugoslavo Miofrag Zecevic: O que existe são pessoas concretas que vivem e dependem de outras pessoas, que se associam e organizam de diferentes jeitos com outras pessoas em comunidades e organizações nas que e a meio das que realizam os seus interesses, os seus direitos e as suas obrigas"