Querida sra. Feijó
Prometemos falar das nossas senhoras, as Senhoras da Galiza e as Senhoras dos Galegos. Lá vai então. Mas primeiramente a Senhora dos Peares, uma senhora muito avogosa da miséria. Á Nossa!
Mal conhece o povo a esta tal senhora Feijó que aparece e desaparece cada quatro anos. É coma uma aparição mariana, só que em vez de haver uma acinheira para aposentar ela surge da convocatoria de comícios eleitorais, talvez porque já não fiquen acinheiras na Galiza e não possa empoleirar-se em um eucaliptus. Ela pede ao povo para que acreditemos no seu Filho, para que tenha descendencia e encomenda-nos a todos que votemos nele. É coma uma mãe "pilarista" para todos nós, no entanto a sua face afigura-se a um farrapo humano que alguem deitou na terra. Todos teremos que acreditar na sua mensagem salvadora. Esta senhora, nascida lá numa aldeia da foz do Sil, que fala uma lingua estrangeira híbrida, não a percebemos como manifestação perceptível, embora seja a través do seu filho Salva-patrias-hispanas. Agora poderemos contemplar a sua visão na toma de posse presidencial da Junta vindoura coma uma fantasma que regresa do passado. Lá se manifestará e tudos os reporteiros dos catecismos e folhas paroquiais tirarão fotografias dela para termos umas lembranças do milagre á venda. Tratar-se-á da segunda aparição e em ela se desvendará o Terceiro Segredo de Estado: um Homem, cujos destinos são governos remotos do seu lugar de origem, será rescatado por outros senhores poderosos do dinheiro para ser o Redentor da Fé espanhola, ameaçada na sua integridade por separatismos infieis. Porque diso é do que se trata: do barulho que se pode fazer com o governo da Junta para resolver ambientes estranhos os interesses galegos. Um governo autonómico habilita pouco e tem ainda menos serventia. O escuteiro-chefe Rueda del Duero, sabe-o, e encontra-se agora em uma posição grata. Por isso, o visconde Rueda de Afilar tem a mesma relação coa Junta o que Galiza tem coa sua grande dívida: talvez consiga cumprir as suas obrigações, mas precisa de mais tempo e de mais poder para demonstrar a sua fidelidade canina os poderosos madrilenhos.
Em esta ditadura da austeridade que, como aquele Estado Novo, no que governavam os ideais do cumprimento dos designios dos tres F; Fútebol, Feijó e FMI, deveremos ir a procura dos Mistérios económicos nos seus tres estados; gozosos, dolorosos e gloriosos. Mas como diz o nosso arcebispo metropolitano de Braga numa homilía recente; "não é missão da igreja indicar os caminhos económicos a seguir pelo governo, senão que iso corresponde ao Estado" Por tanto, não façam os mandatários autárquicos galegos pregárias a Apóstolos Mangouras, são Martinhos Borralheiros e cristos do Vitoria de Guimarães. Vaiam em peregrinação a Nossa Senhora da Junta para enganar-se com uma vivência de migalhas, duras como côdeas. Ele traerá prosperidade para tudos os que acreditem nele e só para os que acreditem (os senhores do credo e do crédito). Para nós, os outros, ficará a desesperança e a pobreza, sumidos na ruína da nossa propria existência.
Feijó Impóstol da austeridade, que é como aquela moda que, durante um tempo o leitor lembrará se fosse um puto naquela altura, apareceu pujante das "ombreiras dos anos oitenta". Claro que, de vez em quando, atopamos com alguém que usa "ombreiras", como o senhor Feijó, para parecer mais alto nas alturas políticas que chegan até Madrid, que não físicas. Com a austeridade é a mesma coisa. O FMI, que a defendía, admitiu que estava enganado. O Bourbon espanhol rejeitara-á no discurso anual. A oposição dos psoespanholes condena-a. Os autarcas dos ppolulares abomina-a. Há apenas um resistente, de ombreira plástica e é o, infelizmente, presidente sen funções da Junta da Galiza.
O desemprego e a perda de direitos esfarelam miles de vidas na Galiza. A crueza dos números será tapada pela imprensa do regime co aparecimento em escena da Senhora Feijó, mais uma vez, para achar piada ao discurso do Menino redentor e impostor da austeridade. Ele prometerá trabalho os que sofrem no abismo da fome; "eu vos darei pão se acreditais em mim". O discípulo dileto do FMI que está a destruir os valores éticos e democráticos como um fanático do neoliberalismo, não quer continuar. Ele fugirá em breve aplicar-se a fundo nos territórios continentais peninsulares. Vaia com ele María dos Peares, a governanta.
O antídoto contra estas senhoras da treta, falsárias e impostoras procuremo-lo em esa raia livre e imaginária das freguesías minhotas e trasmontanas. Pois bem, amigos leitores, é assim que umas metáforas são filhas da puta e outras enteadas. O destino das nossas "visãos" levarnos-á até a Senhora da Peneda-Senhora da Galiza-Senhora do Minho lá na Serra da Peneda, concelho de Arcos de Valdevez. É cá que se manifesta a Nação galega do povo trabalhador e camponês, sempre que não coincida con ningúm Padre ourensán a oficiar missa em espanhol para os de Entrimo, Bande, Ourense Pontevedra, Tui, Vigo, etc.
Ó gente da minha terra que cantávais:
Quem é esa senhora que vai pelo Areal?
É a Virgem da Peneda que vai ver á do Cristal.
Na vindoura, estaremos á beira das crianças galegas e os seus pais no Alentejo. Saudações