O centro pola centralizaçom

O centro pola centralizaçom
A crise pom em evidência aos mais débeis e acelera a concentraçom e centralizaçom do capital nos mais fortes

Muitos anos atrás um home chamado Karl falou da concentraçom e centralizaçom do capital. Processos inerentes ao capitalismo que nos conduzírom a mercados cada vez mais controlados por grandes grupos, a um capitalismo monopolista ou se o preferem na gíria habitual dos economistas a mercados oligopolísticos.

No Estado Espanhol vimos como nas últimas décadas se consolidava umha estrutura bancária oligopolística baseada em dous grandes grupos. Sem embargo, a concentraçom do mercado financeiro nom foi tam forte como a que se deu entre as sociedades bancárias. A pervivência das caixas de aforros, absorvendo arredor da metade dos depósitos e dos créditos, ralentizou o processo de acaparaçom do mercado financeiro por parte dos grandes grupos bancários.

Muitos anos atrás o próprio Karl salientou como as épocas de crise contribuem à concentraçom e centralizaçom do capital. A crise pom em evidência aos mais débeis e acelera a concentraçom e centralizaçom do capital nos mais fortes.

Umha crise que no Estado Espanhol está acentuando a concentraçom e centralizaçom do mercado financeiro. Agora bem, nom é unicamente a concorrência a que joga nesse sentido, com as entidades mais eficientes ganhando às menos eficientes. Mais umha vez nom é o mercado unicamente. É o governo o que aproveita a crise para impulsionar a privatizaçom das caixas de aforro e favorecer a centralizaçom do capital. Igual que antes se aproveitou da crise para aprovar a reforma do mercado laboral ou a do sistema de pensons.

Lembremos que na terminologia do velho Karl concentraçom e centralizaçom do capital nom som sinônimos. A primeira refere-se ao crescimento pola acumulaçom de mais-valias. A segunda remete-nos à absorçom duns capitais por outros. Neste caso o governo força a máquina para favorecer a centralizaçom do capital financeiro. Sem o mais mínimo rubor primeiro se estabelecem uns critérios de solvência; depois se modificam para fazê-los mais estritos, superiores aos dos próprios bancos; finalmente dam-se-lhe dous caminhos às caixas que nom os cumpram: privatizarem-se elas mesmas ou serem privatizadas pola administraçom central. Nom há livre mercado, há planificaçom central para impor a centralizaçom.

Umha centralizaçom que no caso galego é também um ataque frontal à nossa autonomia política e às possibilidades de utilizarmos os nossos recursos, neste caso os financeiros, para o nosso desenvolvimento. A centralizaçom política e económica vam da mao com o acordo do PP e do PSOE. Em Madrid o modelo impulsionado polo governo do PSOE é apoiado polo PP. Na Galiza o PSOE repete as consignas do seu aparelho central enquanto Feijoo aproveita a ocasiom para culpar ao governo de Zapatero esquecendo a conivência de Rajoy. PSOE e PP, os mesmos que um dia ponhem em causa a profissionalidade na gestom das caixas e outro dia pactam a reforma de lei de caixas para prorrogar o mandato dos directivos de NCG, impedindo assim a democratizaçom e a profissionalizaçom que dim defender. Isto deve ser o centro político, o espaço político dos que defendem a centralizaçom económica e política, o território ideológico que partilham PP e PSOE.