Especulade, especulade, malditos!
O título faz referência a um filme de 1969 de Sydney Pollack, com o pano de fondo da Grade Depressão Americana dos anos 30
O título faz referência a um filme de 1969 de Sydney Pollack, com o pano de fondo da Grade Depressão Americana dos anos 30, no que se relata a história de gente desesperada que procuram uma saída momentânea a sua situação, apresentado-se a maratonas de baile, já que mentras dançavam, quando menos podiam comer algo. O seu título original é They Shoot Horses, Don't They?, traduzida ao português como "Os Cabalos Também se Abatem"; claro, neste caso, os cabalos a abater eram todas as parelhas que participavam na maratona, é dizer os danificados pela grande especulação daqueles anos, as camadas populares.
Os tempos que agora nos tocam viver também estam marcados pela grande fruição especulativa, mas agora não se lhe cahama assim, o nome que recibe esta actividade é algo mais eufemista e chama-se-lhe "mercado".
Os governos de todos os estados da União Europeia, e outros mais, fazem todo por estar a bem com os "mercados", todas as reformas emprendidas e as que ainda estam por se enveredar fam-se porque o exigem os "mercados", é dicer os especuladores. Estes governos, tam bem guiadinhos, estam a cumplir fielmente o papel que lhe tem encomendado o capitalismo, o de ser o seu conselho de administração.
Segundo uma das definições da palabra especulação do dicionário Priberam da Língua Portuguesa esta é sinónimo de "engano, logro; exploração", e o Dicionário Electrónico Estraviz define este mesmo palavrão como "operação de bolsa, comércio, etc, com lucros exagerados e pouco legítimos", e também como "contrato ou negócio em que uma das partes abusa da boa fé da outra", bem já temos definido o que é o "mercado".
O asunto é especular e especular com todo, agora têm-lhe botado o olho à produção de alimentos. A coisa está tomando tales dimensões que até um dos instrumentos mais genuíno da especulação como é o FMI, com todo o descaro, alerta aos países pobres de que se preparem para a suba desproporcionada do preço dos alimentos.
Por outra parte a Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO) advirte que a suba dos preços dos alimentos ainda não tocou o seu tecto, quando já hoje o preço dos cereais acrescentou-se num 39% neste último ano. Os maiores aumentos pertencem às matérias-primas relacionada com os lacticinios, chegados a este ponto é bom lembrar que o Grupo de expertos de Alto Nivel (GAN) da União Europeia recomendam como uma medida a doptar para fazer frente a futuras crises leiteiras o "uso de mercado de futuros". Viva a especulação!!.
Bem certo é que há condições objectivas que favorecem a suba dos preços das matérias primas, e com ela a dos alimentos, sobre os que se assenta esta actividade especulativa. Na base desta crise alimentar atopam-se interagindo dous factores claves; as políticas neoliberais que têm atingido muito negativamanete à produção de alimentos, e os efeitos provocados pelas alterações climáticas. Dentre as políticas neoliberais, uma das que mais tem influído, é de destacar a que tem a ver com o uso crescente de cumbustíveis diesel producido a partir de prantas como colza e palma, o que está a provocar a diminuição de superfície dedicada a produzir alimentos, assim como também está a contribuir a desflorestação de bosques tropicais.
A escasseza de matérias primas ligado com os mercados de futuros, é a situação ideal para levar a cabo a actividade especulativa, mas é bom ter bem claro que se está a especular com um dos direitos básicos da humanidade como é o da alimentação, quando mais de mil milhões de seres humanos sofrem fome e desnutrição, .
E terão nome quenes se encarregam de exercer esta tão honrosa actividade especulativa?, pois parez que sim. O passado dia 4 de fevereiro podia-se ler a seguinte notícia: "Felipe González monta um fondo de capital de risco", segundo reflectia a mesma, este senhor aos seus 72 anos está no melhor da sua carreira profissional, já que vem de se ligar como conselheiro independente à empresa Gas Natural Fenosa por 126.500,00€ aos que há que acrescentar 80.000,00 da sua pensão vitalícia, e longe de se afastar do mundanal ruído, o senhor vai e não se lhe ocurre melhor coisa que montar um alpendre ao que lhe deu nome de Tagua Capital, uma firma de capital risco que procurará financiação dentre os grandes patrimónios espanhois para investir perto de 150 milhões de euros em empresas inovadoras no reino de Espanha e na América Latina.
Especulade malditos!
O título faz referência a um filme de 1969 de Sydney Pollack, com o pano de fondo da Grade Depressão Americana dos anos 30, no que se relata a história de gente desesperada que procuram uma saída momentânea a sua situação, apresentado-se a maratonas de baile, já que mentras dançavam, quando menos podiam comer algo. O seu título original é They Shoot Horses, Don't They?, traduzida ao português como "Os Cabalos Também se Abatem"; claro, neste caso, os cabalos a abater eram todas as parelhas que participavam na maratona, é dizer os danificados pela grande especulação daqueles anos, as camadas populares.
Os tempos que agora nos tocam viver também estam marcados pela grande fruição especulativa, mas agora não se lhe cahama assim, o nome que recibe esta actividade é algo mais eufemista e chama-se-lhe "mercado".
Os governos de todos os estados da União Europeia, e outros mais, fazem todo por estar a bem com os "mercados", todas as reformas emprendidas e as que ainda estam por se enveredar fam-se porque o exigem os "mercados", é dicer os especuladores. Estes governos, tam bem guiadinhos, estam a cumplir fielmente o papel que lhe tem encomendado o capitalismo, o de ser o seu conselho de administração.
Segundo uma das definições da palabra especulação do dicionário Priberam da Língua Portuguesa esta é sinónimo de "engano, logro; exploração", e o Dicionário Electrónico Estraviz define este mesmo palavrão como "operação de bolsa, comércio, etc, com lucros exagerados e pouco legítimos", e também como "contrato ou negócio em que uma das partes abusa da boa fé da outra", bem já temos definido o que é o "mercado".
O asunto é especular e especular com todo, agora têm-lhe botado o olho à produção de alimentos. A coisa está tomando tales dimensões que até um dos instrumentos mais genuíno da especulação como é o FMI, com todo o descaro, alerta aos países pobres de que se preparem para a suba desproporcionada do preço dos alimentos.
Por outra parte a Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO) advirte que a suba dos preços dos alimentos ainda não tocou o seu tecto, quando já hoje o preço dos cereais acrescentou-se num 39% neste último ano. Os maiores aumentos pertencem às matérias-primas relacionada com os lacticinios, chegados a este ponto é bom lembrar que o Grupo de expertos de Alto Nivel (GAN) da União Europeia recomendam como uma medida a doptar para fazer frente a futuras crises leiteiras o "uso de mercado de futuros". Viva a especulação!!.
Bem certo é que há condições objectivas que favorecem a suba dos preços das matérias primas, e com ela a dos alimentos, sobre os que se assenta esta actividade especulativa. Na base desta crise alimentar atopam-se interagindo dous factores claves; as políticas neoliberais que têm atingido muito negativamanete à produção de alimentos, e os efeitos provocados pelas alterações climáticas. Dentre as políticas neoliberais, uma das que mais tem influído, é de destacar a que tem a ver com o uso crescente de cumbustíveis diesel producido a partir de prantas como colza e palma, o que está a provocar a diminuição de superfície dedicada a produzir alimentos, assim como também está a contribuir a desflorestação de bosques tropicais.
A escasseza de matérias primas ligado com os mercados de futuros, é a situação ideal para levar a cabo a actividade especulativa, mas é bom ter bem claro que se está a especular com um dos direitos básicos da humanidade como é o da alimentação, quando mais de mil milhões de seres humanos sofrem fome e desnutrição, .
E terão nome quenes se encarregam de exercer esta tão honrosa actividade especulativa?, pois parez que sim. O passado dia 4 de fevereiro podia-se ler a seguinte notícia: "Felipe González monta um fondo de capital de risco", segundo reflectia a mesma, este senhor aos seus 72 anos está no melhor da sua carreira profissional, já que vem de se ligar como conselheiro independente à empresa Gas Natural Fenosa por 126.500,00€ aos que há que acrescentar 80.000,00 da sua pensão vitalícia, e longe de se afastar do mundanal ruído, o senhor vai e não se lhe ocurre melhor coisa que montar um alpendre ao que lhe deu nome de Tagua Capital, uma firma de capital risco que procurará financiação dentre os grandes patrimónios espanhois para investir perto de 150 milhões de euros em empresas inovadoras no reino de Espanha e na América Latina.
Especulade malditos!