A social-democracia española e o agro galego

A social-democracia española e o agro galego
Historicamente a actuação do movimento agrário de corte social-democrata espanhol o único que persegue é confundir e ocultar a realidade com o fim de obter posições ventagistas

A actuação da social-democracia espanhola no agro galego sempre estivo presidida pela  defesa dos interesses da política agrária estatal em prejuízo dos interesses e necessidades do agro galego.

O comportamento da sua ramificação agrária tem-se caracterizado pela subordinação às imposições que provém do Estado Espanhol sendo os seus primeiros defensores, e actuando ao ditado no caso de que quem governe em Madrid seja o PSOE.

A primeira amostra deste comportamento pôs-se de manifesto com ocasião da exigência de aplicação do sistema de quotas leiteiras como consequência da integração do Estado Espanhol no daquela denominado Mercado Comum Europeu.

Alá pelos anos oitenta do século passado, ostentando o PSOE o comando do governo espanhol, este partido foi o encarregado de negociar a incorporaço do Estado Espanhol ao Mercado Comum Europeu (MCE). Integração que se traduziu na Galiza no intento de implantar, por parte do Ministéio de Agricultura de Carlos Romero, as quotas do leite. A tudo isto é bom lembrar que nas negociação de integração no mercado comum os interesses da Galiza, neste caso os do leite, forom entregados como moeda de câmbio para defender os da agricultura mediterrânica.

 

O estabelecimento do sistema de quotas, naqueles momentos, quando o sector produtor leiteiro galego estava iniciando o seu despegue intentava truncar o seu futuro, o que logicamente provocou uma grande onda de descontentamento e movilização, dando origem ao nascimento de uma grande Plataforma para a Defesa do Sector Leiteiro Galego, na que, por distintos motivos, se integrarão todas as forzas políticas e sociais da Galiza a excepção das sucursais socias-democrata, ficando à margem daquel grande movimento tanto a sua galha política como agrária.

A campanha desenvolvida por estes em defesa da arbitrariedade que supunha o sistema de quotas e pelo tanto a favor do atraso económico do sector leiteiro galego e por extensão do agro galego, retrata claramente o papel de sipaio que lhe têm asignado, e eles assumido.

 

A dia de hoje o sector leiteiro galego continua anclado em uma profunda crise que tem a sua origem radicular naqueles tempos hitóricos da loita contra as quotas e na não resolução satisfatória daquele conflito. Não se conseguiu garantir a estabilidade para o sector produtor e também não se foi capaz de gerar uma indûstria transformadora que proporcionara valor acrescentado à nossa produção e nesto tivo e tem um papel destacado a social-democracia espanhola, entre outros, tanto desde a sua acção de governo como desde a sua acção social no agro galego.

De novo em épocas mais recentes achamos mais amostras deste comportamento, sobre todo coincidindo com o período no que a a responsabilidade da Conselharia do Meio Rural estivo a carrego do nacionalismo galego. Assim pudemo-lo comprovar com a sua oposição tanto ao Banco de Terras como às Unidades de Gestão Florestal, na actuação insidiosa contra o contrato homologado do leite da Galiza, ou no seu intento de desprestigiar o modelo de agricultura sustentável que se intentou implantar e promocionar com o Contrato de Exploração Sustentável.

 

E quando não se dedicam a  atacar as medidas que visam pôr as bases para o desenvolvimento aut-centrado do agro galego, então o seu labor está focado em defender e justificar as medidas que adopta o governo "socialista" da Espanha em prejuízo dos interesses das nossas explorações.

Há pouco tempo apresentarão uma moção em alguns concelhos galegos, sobre todo naqueles que não têm a qualificação de zona de montanha ou desfavorecida, e nos que se assentam explorações leiteiras que ficaram excluidas de uma linha de ajuda estabelecida pelo Ministério de Medio Ambiente y Rural y Marino, critério de exlusão determinado pelo próprio Ministério. Pois bem essa moção ocultava a realidade destes feitos, só com o único objectivo de salvar-lhe a cara à senhora Ministra, ao tempo que com ela  intentavam aparecer como os defensores destas explorações, quando na realidade eles, em conivência com o Ministério, eram os verdadeiros co-responsáveis da adopção deste critério discriminatório.

Mais recentemente, com ocasião do conflicto que se tem gerado com a implantação, por parte do governo do PP, da Zona de Especial Protecção de Aves (ZEPA) na comarca da Límia e perante do movimento de contestação que nessa comarca se esta a desenvolver, o PP apoiando-se na apresentação de uma improvisada emenda "in voce", feita pelo agrarismo "filo-socialista", no debate do Parlamento Galego sobre a modificação da lei de ordenação urbanística e de protecção do meio rural da Galiza, pretendiam tirar-lhe a consideração de solo rústico aos prédios incluídos na rede Natura, com o que se poderia permitir a construcção de urbanizações em qualquer espaço protegido, mesmo assim não se resolvia o problema da compatibilidade de usos agro-gadeiros originado com a implantação da ZEPA. Mas o grave de todo isto foi a campanha suja que tanto uns coma outros intentarom fazer na comarca, culpando ao nacionalismo de ser o responsável de obstaculizar uma saída ao problema da ZEPA.

Historicamente a actuação do movimento agrário de corte social-democrata espanhol o único que persegue, valendo-se da demagogia e quando faz falta mesmo da tergiversação, é confundir e ocultar a realidade com o fim de obter posições ventagistas em lugar de buscar e propor soluções para os problemas que padece o agro galego.

Historicamente a actuação do movimento agrário de corte social-democrata espanhol o único que persegue é confundir e ocultar a realidade com o fim de obter posições ventagistas.