A emigraçom e a crise, algumhas matizaçons
Emigraçom espanhola e emigraçom galega, realidades inegáveis mas distintas e também com consequências muito dispares ao afectar a formaçons sociais distintas
Nos últimos anos os meios de comunicaçom venhem salientando o forte incremento da emigraçom espanhola cara o exterior ao que deu lugar a crise. Preocupam-se especialmente polo éxodo juvenil, em muitos casos de pessoas com umha elevada formaçom. Umha olhada polos dados do INE mostram que existem razons para a preocupaçom. A emigraçom cara ao exterior passou de 288 mil pessoas em 2008 a perto de 477 mil em 2012.
Porém estas cifras devem ser matizadas tendo em conta a “nacionalidade” das/os emigrantes. A imensa maioria das/os emigrantes do conjunto do EE, 87% do total, nom tinham a nacionalidade espanhola. Estamos falando polo tanto de pessoas que tras passar polo Estado Espanhol se dirigírom cara outros Estados ou de pessoas que retornárom ao seu Estado de origem. De facto o Anuario de la Inmigración en España (ediçom 2012) afirma que mais de 90% das baixas de residentes desde o começo da crise provenhem de imigrantes recentes. Nom se trata de discriminar às pessoas emigrantes pola sua nacionalidade mas simplesmente de reconhecer que as consequências son muito distintas, tanto para o emigrante como para a formaçom social que sofre esse fenómeno.
Sem embargo a emigraçom nom afecta a todos os territórios da mesma forma. Na Galiza também houvo um substancial crescimento da emigraçom fora do Estado Espanhol (EE), sendo em 2012 o saldo migratório negativo (emigraçom-imigraçom) por primeira vez depois de muitos anos. Sem embargo, à diferença do resto do Estado, o peso dos “nom espanhois” entre os emigrantes cara ao exterior é muito menor. Em 2012 representárom 60% do total frente ao 87% do conjunto do Estado. Na Galiza a emigraçom das/os próprias/os galegas/os é em termos relativos muito mais importante. A emigraçom ao exterior no conjunto do Estado foi em 2012 superior às migraçons interautonómicas. Na Galiza sem embargo nom, a emigraçom cara às distintas comunidades autónomas do Estado foi notavelmente superior à emigraçom cara ao estrangeiro. Um tipo de emigraçom que se move nas mesmas cifras que a começos da década de 2000, antes do estalido da crise global. No caso galego a emigraçom ao resto do Estado vem de longe. Umha emigraçom fundamentalmente de gente nova, em 2012 69% tinham menos de 40 anos, 39% menos de 30. A crise si trouxo um importante câmbio, o saldo migratório com o resto do Estado que era negativo até 2007 passou a ser positivo desde essa data. Noutras palavras desde 2008, as entradas procedentes do resto do Estado fórom superiores às saidas. Volvem as galegas e os galegos que perdérom o seu emprego no resto do Estado por causa da crise. Em 2012 em concreto o saldo positivo foi de algo mais de 800 pessoas. Esta cifra sem embargo merece umha matizaçom, entre os menores de 35 anos continua sendo negativo.
No Estado Espanhol uns ganham e outros perdemos. O principal destino da emigraçom galega é Madrid, em 2012 umha quarta parte dos emigrantes galegos cara ao resto do Estado tivérom como destino essa metrópole. Ao longo da década de 2000 mais de 38 mil galegas/os saírom cara Madrid. Embora vinhesse de longe com a crise a emigraçom cara Madrid aumentou. Ademais trata-se dumha emigraçom fundamentalmente de gente nova. A pesar do envelhecimento da populaçom galega, Galiza segue nutrindo de moças e moços a Madrid, mais de 1.800 pessoas entre 20 e 34 anos marchárom cara Madrid em 2012.
Num recente número o jornal Sermos Galiza incluia um especial sobre a drenagem de recursos cara Madrid. Como vemos nom se trata só dos recursos económicos, dos financeiros,... Madrid também absorve à nossa gente. Este verao Alexandre, galego residente em Madrid, comentou-me que nos últimos tempos se especializou no trabalho para empresas de teleassistência que prestam o serviço em galego. Si, um serviço prestado à populaçom galega desde Madrid e em galego, a metrópole absorve inclusive trabalhos que se realizam em galego.
Ademais essa emigraçom afecta a populaçons muito diferentes particularmente na sua estrutura etária. A primeiro de Janeiro de 2013 o peso dos menores de 30 anos é mais de cinco pontos inferior na Galiza à média estatal. Noutras palavras para que o resto do Estado se colocasse na situaçom da Galiza teriam de marchar perto de 2'5 milhons de moças/os do seu território. A isto devemos somar-lhe as projecçons existentes sobre a evoluçom da populaçom galega que coincidem numha forte reduçom da mesma. Só quem nom compreende esta diferença pode quitar-lhe ferro à emigraçom galega dizendo como António Rodríguez Miranda (secretario-geral de emigraçom) que de Andalucia ou Extremadura está emigrando mais gente. Certo em termos quantitativos mas também o é que em ambas comunidades o peso da juventude é significativamente superior nom só à média galega mas também à estatal.
Emigraçom espanhola e emigraçom galega, realidades inegáveis mas distintas e também com consequências muito dispares ao afectar a formaçons sociais distintas. Um problema que vem castigando duramente a Galiza desde há tempo e que só agora começa a preocupar a alguns noutras partes do Estado.
Nos últimos anos os meios de comunicaçom venhem salientando o forte incremento da emigraçom espanhola cara o exterior ao que deu lugar a crise. Preocupam-se especialmente polo éxodo juvenil, em muitos casos de pessoas com umha elevada formaçom. Umha olhada polos dados do INE mostram que existem razons para a preocupaçom. A emigraçom cara ao exterior passou de 288 mil pessoas em 2008 a perto de 477 mil em 2012.
Porém estas cifras devem ser matizadas tendo em conta a “nacionalidade” das/os emigrantes. A imensa maioria das/os emigrantes do conjunto do EE, 87% do total, nom tinham a nacionalidade espanhola. Estamos falando polo tanto de pessoas que tras passar polo Estado Espanhol se dirigírom cara outros Estados ou de pessoas que retornárom ao seu Estado de origem. De facto o Anuario de la Inmigración en España (ediçom 2012) afirma que mais de 90% das baixas de residentes desde o começo da crise provenhem de imigrantes recentes. Nom se trata de discriminar às pessoas emigrantes pola sua nacionalidade mas simplesmente de reconhecer que as consequências son muito distintas, tanto para o emigrante como para a formaçom social que sofre esse fenómeno.
Sem embargo a emigraçom nom afecta a todos os territórios da mesma forma. Na Galiza também houvo um substancial crescimento da emigraçom fora do Estado Espanhol (EE), sendo em 2012 o saldo migratório negativo (emigraçom-imigraçom) por primeira vez depois de muitos anos. Sem embargo, à diferença do resto do Estado, o peso dos “nom espanhois” entre os emigrantes cara ao exterior é muito menor. Em 2012 representárom 60% do total frente ao 87% do conjunto do Estado. Na Galiza a emigraçom das/os próprias/os galegas/os é em termos relativos muito mais importante. A emigraçom ao exterior no conjunto do Estado foi em 2012 superior às migraçons interautonómicas. Na Galiza sem embargo nom, a emigraçom cara às distintas comunidades autónomas do Estado foi notavelmente superior à emigraçom cara ao estrangeiro. Um tipo de emigraçom que se move nas mesmas cifras que a começos da década de 2000, antes do estalido da crise global. No caso galego a emigraçom ao resto do Estado vem de longe. Umha emigraçom fundamentalmente de gente nova, em 2012 69% tinham menos de 40 anos, 39% menos de 30. A crise si trouxo um importante câmbio, o saldo migratório com o resto do Estado que era negativo até 2007 passou a ser positivo desde essa data. Noutras palavras desde 2008, as entradas procedentes do resto do Estado fórom superiores às saidas. Volvem as galegas e os galegos que perdérom o seu emprego no resto do Estado por causa da crise. Em 2012 em concreto o saldo positivo foi de algo mais de 800 pessoas. Esta cifra sem embargo merece umha matizaçom, entre os menores de 35 anos continua sendo negativo.
No Estado Espanhol uns ganham e outros perdemos. O principal destino da emigraçom galega é Madrid, em 2012 umha quarta parte dos emigrantes galegos cara ao resto do Estado tivérom como destino essa metrópole. Ao longo da década de 2000 mais de 38 mil galegas/os saírom cara Madrid. Embora vinhesse de longe com a crise a emigraçom cara Madrid aumentou. Ademais trata-se dumha emigraçom fundamentalmente de gente nova. A pesar do envelhecimento da populaçom galega, Galiza segue nutrindo de moças e moços a Madrid, mais de 1.800 pessoas entre 20 e 34 anos marchárom cara Madrid em 2012.
Num recente número o jornal Sermos Galiza incluia um especial sobre a drenagem de recursos cara Madrid. Como vemos nom se trata só dos recursos económicos, dos financeiros,... Madrid também absorve à nossa gente. Este verao Alexandre, galego residente em Madrid, comentou-me que nos últimos tempos se especializou no trabalho para empresas de teleassistência que prestam o serviço em galego. Si, um serviço prestado à populaçom galega desde Madrid e em galego, a metrópole absorve inclusive trabalhos que se realizam em galego.
Ademais essa emigraçom afecta a populaçons muito diferentes particularmente na sua estrutura etária. A primeiro de Janeiro de 2013 o peso dos menores de 30 anos é mais de cinco pontos inferior na Galiza à média estatal. Noutras palavras para que o resto do Estado se colocasse na situaçom da Galiza teriam de marchar perto de 2'5 milhons de moças/os do seu território. A isto devemos somar-lhe as projecçons existentes sobre a evoluçom da populaçom galega que coincidem numha forte reduçom da mesma. Só quem nom compreende esta diferença pode quitar-lhe ferro à emigraçom galega dizendo como António Rodríguez Miranda (secretario-geral de emigraçom) que de Andalucia ou Extremadura está emigrando mais gente. Certo em termos quantitativos mas também o é que em ambas comunidades o peso da juventude é significativamente superior nom só à média galega mas também à estatal.
Emigraçom espanhola e emigraçom galega, realidades inegáveis mas distintas e também com consequências muito dispares ao afectar a formaçons sociais distintas. Um problema que vem castigando duramente a Galiza desde há tempo e que só agora começa a preocupar a alguns noutras partes do Estado.