A voltas coa memória da nação

A voltas coa memória da nação
Um dos problemas que têm o nacionalismo galego para chegar á maior parte da população é o desconhecimento geral da nossa história, que leva a ter uma visão falseado do país. Para combater esta situação o nacionalismo precisa difundir por todos os médios a nossa história. Mas para que isto for possível tem antes que nada que a conhecer e aceitar. O que não exclui uma visão crítica dela.

Um exemplo recente onde não se fixo foi o aniversário da invasão francesa. Paga a pena de o recordar. No ano 1809 o exército Napoleônico invadiu a Galiza e depois dum ano viu-se obrigado a se retirar do país a causa da guerra de guerrilhas dos paisanos galegos. Isto conseguiu-se com pouca intervenção do exército espanhol é nula ajuda de fora, e era motivo de orgulho para todos os patriotas galegos do século XIX. O Reino da Galiza declarou a guerra á França pela sua conta, como fizeram o resto dos reinos, já que não havia um governo central digno de tal nome.

Parecem acontecimentos dignos de se comemorar: o povo galego contra o Império de Napoleão. Mas o nacionalismo galego não foi quem de ver mais alô da retórica da "Guerra de la Independencia" da España, naturalmente.

Durante as comemorações do 2009 o nacionalismo estivo ausente, e o resultado foi que a loita dos labregos galegos contra a invasão napoleônica foi comemorada pelo exército espanhol. Uma oportunidade perdida para criar consciência nacional e meter na discussão pública a ideia de que os galegos somos quem de fazer cousas por nós mesmos.

No pronunciamento liberal de Porlier na Corunha no 1815 passou também sem pena nem glória. Certo que no 2015 tínhamos cousas bem mais urgentes das que nos ocupar.

O motivo de recordar isto agora é que aproxima outra data na que pode passar o mesmo

No 1820 sublevou-se a Corunha em favor da Constituição de 1812, conseguiu arrastar com ela ao enteiro Reino da Galiza e foi esta sublevação a que obrigou ao rei Fernando VII a aceitar a Constituição cando o pronunciamento de Riego dum mês antes estava em via morta por não ter conseguido sublevar Andaluzia. Compre repetir isto, o pronunciamento de Riego em Cabezas de San Juán não conseguiu implantar de novo a Constituição de Cádiz. Foi a sublevação da Corunha, um mês depois, seguida por case todo o reino da Galiza a que cambiou a situação.

Esta parte fica oculta em praticamente todos os manuais de história da Espanha. É a ocultação desta tradição liberal a que permite apresentar sistematicamente a Galiza coma um ninho de carlistas e um atranco para o liberalismo espanhol. Essa image é falsa: a maior parte do reino da Galiza era liberal e Corunha estivo presente en canta sublevação liberal e progressista houvo. Todos os irlandeses sabem que a cidade de Cork —a rebelde Cork— tomou parte em canta sublevação contra os ingleses houvo na Irlanda. Cantos galegos conhecem a tradição revolucionária da Corunha? E cantos nacionalistas galegos?

É importante evitar que nos ocultem a nossa história ou que nos contém versões deformadas dela. Mas, como imos ensinar a história da nossa nação se nos mesmos não sabemos dela ou não a consideramos importante.

Se a maioria da população do país pensa que nunca fomos quem de nos organizar politicamente, como se vai prantear que agora sim?

Tampouco é obrigatório de organizarmos comemorações multitudinárias e magnas exposições; não estorvariam mas não são imprescindíveis. Com que haja algum tipo de iniciativa e que sirva para educar a militância nacionalista e mais á nossa base social já estaríamos a dar um grande passo.