Algumas lições que nos deixa o Coronavirus

Algumas lições que nos deixa o Coronavirus
Korea nos dá mil voltas como estado:

Korea fixo todo o que tinha que fazer e o fixo bem. Controles e test a todos os que entravam e saiam do pais ainda que não tivessem sintomas e continua a faze-los. A maioria dos contágios em Korea são devidos a uma seita. A que se deve tanta eficácia? A experiência da epidemia do SARS no 2003. Eles aprenderam, apreenderemos nos?

De momento não se aprendeu nada. Um exemplo: o não levar conta dos contágios asimtomaticos, que em alguns grupos de idade são a maioria, impede fazer-se uma idea certa do número de contágios. Ainda estes dias começa-se a fazer test aos pacientes com sintomas leves; pola insistência da OMS. Cos asintomáticos já se verá que se faz.

Compre recordar aqui que Korea do Sul industrializou-se pouco depois da Espanha, pero depois, e saiu da ditadura militar nos anos 80. A república atual, oficialmente a sexta, inaugurou-se no 1987 e o primeiro presidente civil foi eleito no 1992. Seica se deram presa.

Cando vem mal dadas, a União Europeia é completamente inútil

Absoluta descoordenação, cada país tomou as medidas que lhe pareceram oportunas e cando lhe pareceu. Foi impossível implantar um control de viagens ás zonas afectadas, tanto que nem se chegou a prantear. Da economia já nem falarmos.

Os nossos dirigentes não sabem mirar um mapa e não sabem o que é o crescimento exponencial.

O mapa: o inverno de Wuhan tem umas características semelhantes às de Lombardia: seco e com temperaturas mínimas habitualmente por riba de 0 e por baixo dos 8 grados. Há algum lugar na Espanha cum inverno semelhante? Efectivamente Madrid. E boa parte da Meseta pero com muitos menos habitantes. Parece claro que nestas condições o virus tem mais facilidade para se contagiar. Medidas tomadas: 0. O do crescimento exponencial adoita ilustrarse cuma conversa em que Hemingway perguntava a Scott Fitzgerald como fora que se arruinara: “primeiro pouco a pouco e logo de repente” foi a resposta. E este e o efeito visto de fora: um caso, dous casos, catro casos e de repente 200, 400, 1000 casos. Dado que este tipo de progresos não se limitam ao mundo dos vírus senão que tem importantes efeitos na economia entre outros é para se preocupar. Com menos de 450 casos o governo chinês fechou Wuhan, uma cida de 10 milhões de habitantes, e o número de casos declarados continuou a aumentar durante mais de uma semana, ainda que os novos contágios eram moi poucos. Cando se superarão os 450 casos em Madrid?

A explicação não pode ser o desleixo polos problemas dos demais porque há contágios no próprio governo do estado. Logo, ou os expertos não tinham ideia ou não lhes fizeram caso. Escolham cal é a que lhes dá mais medo. A destituição do responsável do Servicio de Prevención de riesgos laborais da Polícia Nacional por se empenhar em subministras mascarilhas e outro material aos agentes, e que o empregassem, indica que foi o segundo.

Os problemas de Madrid são problemas de todos, os do resto não tanto

O nivel da quarentena no decreto, muito mais estrito que a galega explica-se pola fuga de população de Madrid ao resto do estado. E essa população tem nomes e apelidos. Pode-se dizer que todos somos humanos e faríamos o mesmo. E nos deixariam?
Alguém se imagina uma fuga massiva de galegos ao resto do estado nessas condições? ou de catalães ou de murcianos? Isto vesse agravado pola posição de Madrid como no central do sistema de transporte e polo feito de ser uma comunidade autónoma o que nos leva ao seguinte ponto.

A Comunidade Autónoma de Madrid é disfuncional

Nenhum estado federal tem a sua capital como um dos estados para evitar que a capital aproveitar a sua posição fronte a outros estados que é o que esta a passar em Espanha —isto só daria para vários artigos—. Madrid tem que deixar de ser uma comunidade autónoma ou deixar de ser a capital se se pretende que o estado espanhol tenha um mínimo de estabilidade. Penso que todos temos claro o provável que resulta isso.

Um exemplo são os recortes em sanidade. A sanidade madrilenha foi recortada até ponto de não poder atender a população em calquer pico de gripe ou semelhante porque Madrid pode exportar o problema a outras comunidades autônomas onde uma parte dos seus habitantes tem a segunda residência. E polo resultado das últimas eleições boa parte da cidadania está dacordo com isto.

Conclusão

O efeito de todo isto cando aparece um imprevisto como o coronavirus e se descobre que a nossa sanidade “das melhores do mundo” tem a metade de camas de hospital por cada 1000 habitantes que a maioria dos países europeus. Não estamos moi por baixo de Italia, se é que isso serve de consolo. E sempre vai haver imprevistos.