Sentidos e sentidinho
Havia umha serie de televisom nos anos 90 x-files, os ficheiros segredos, na que se via um cartaz de fundo que dizia a verdade está aí fora. Nom sei a verdade, mas a realidade si está aí fora, a crua realidade está fora, e da nossa capacidade de vê-la vai depender também a correcta ou errada análise que fagamos dela. É preciso ter olhos e orelhas abertas, viver no mundo real, ver, escoitar falar, perguntar. Se partimos de umha análise errada nunca vamos ter umha resposta ajeitada.
É fundamental ter bom ouvido, mas há quem tem surdez para alguns sons e isto soe ser mais habitual nas pessoas com idade, ainda que nom necessariamente, este defeito auditivo impede ouvir dependendo de quem fala.
Mas som os problemas da vista os mais importantes. É bastante abundante a miopia, defeito da vista que nos permite ver muito bem de perto mais mal ao longe, é bastante comum já que para ver o que ocorre a umha certa distancia é preciso informar-se de fontes variadas, polo que ou a falta de fontes diferentes o simplesmente por nom busca-las leva-nos a este defeito visual. A hipermetropia, ver bem ao longe mas mal de perto, ainda que nom e tam comum é muito perigosa porque nom ver o que tés diante pode-che levar a partir-te os focinhos ou também os dos do teu arredor (se tés algumha responsabilidade) porque nos as vês vir. Ainda temos o astigmatismo, por um defeito no cristalino as imagens vem-se todas deformadas, tanto afecta ao de longe como ao que fica mais perto, nestes há duas opçons, ou aceitas todo o que che dim ou o criticas todo, em qualquer caso acaba mal.
Todos estes problemas sensoriais tenhem soluçom, mas há umha outra enfermidade muito grave e que afecta transversalmente a todos os sentidos, é o sectarismo. Nom se deve confundir o sectarismo coa integridade e a defesa de umha opçom política, há um objectivo estratégico e a táctica a desenvolver será fruto da situaçom real do momento e das possibilidades de “força-la”, a firmeza nom é incompatível com o diálogo e os acordos. Mas o sectarismo impede-nos ver, ouvir, sentir e compreender com claridade o nosso entorno, começamos por ver inimigos fora, depois em todas as partes, e ao final duvidamos dos nossos próprios companheiros e companheiras. Esta alteraçom da percepçom é muito perigosa, já que pouco tem a ver o que um sectário ou sectária vê ou ouve com a realidade que o rodeia e polo tanto as decisons tomadas case todas levam ao fracasso.
Chega o momento de começar a elaborar as listas para cada câmara municipal do nosso pais, e para iso precisa-se escolher as melhores pessoas para compô-las. Temos suficientes homens e mulheres dentro, próximos ao BNG e incluso gente que espera por nos e umha proposta séria, com capacidade mais que sobrada para trabalhar por Galiza com honradez e eficácia, defendendo á vizinhança e coa soberania como objectivo. Mas por muitos e muitas que tenhamos há que eleger os e as mais adequados para cada posto. Para cada posto umhas capacidades, nom é o mesmo um quadro orgânico que um posto numha lista eleitoral especialmente a cabeça da lista. Umha pessoa que vai encabeçar umha lista tem que ter evidentemente capacidade política, ser conhecida pola vizinhança, ter conhecimento da situaçom e dos problemas do seu concelho. Mas, e muito importante, tem que ser umha pessoa que a vizinhança sinta como próxima, que de confiança, que crê empatia, Umha pessoa que fale á gente para que o entenda, com cumplicidade. Que quando um vizinho ou vizinha se aproxime a ela, lhe mire aos olhos e escoite, e que fale e se integre, nom que se parapeite na organizaçom. Umha pessoa normal mas com capacidade e vontade de trabalho.
É por iso que temos que ter todos os cinco sentidos em perfeito funcionamento mais um sexto, o sentidinho. Ver e escoitar o nosso entorno é fundamental para escolher ás pessoas mais adequadas.
O nosso objectivo é a transformaçom do pais, conseguir umha maioria nacionalista para acadar a soberania, ter a soberania para poder desenvolver-nos, todo o trabalho vale, as eleiçons também som parte. É especialmente nas eleiçons ás câmaras municipais onde mais nos jogamos, porque os concelhos som as entidades mais próximas á cidadania onde é mais doado o trabalho de base, onde mais perto se está da gente. Por iso, é fundamental aqui mais que em nengumha outra o trato próximo á gente.
Assim que com os todos os sentidos e sentidinho, a seguir trabalhando, que há muita gente que está mirando para nos.