Que violencia?

Nas películas da mafia sempre aparece algumha seqüência na que o pistoleiro de turno vai polos negócios do “seu território” a cobrar “protecçom”, protecçom contra quem?, protecçom de que?. A protecçom evidentemente é deles próprios porque som os únicos que “legitimamente” podem exercer a violência, para isso é o seu território. Mas o que vemos no cinema como um relato da realidade do mundo da delinquência pode-mo-lo extrapolar à realidade do estado, e incluso a nível internacional.
A passada semana na cadeia de notícias 24 horas da televisom espanhola (com pouca audiência) relizarom umha entrevista a Arnaldo Otegi, coordenador de Euskal Herria Bildu. A entrevista, na que ele ocupava um pequeno espaço, enchia ao mesmo tempo o centro com imagens de atentados de E.T.A., semelhava mais um acto de fé da Santa Inquisiçom, no que umha e outra vez se lhe requeria que renega-se e abjura-se do seu passado maligno e abraça-se a única fé verdadeira do estado espanhol, que umha entrevista a um dirigente político, todo isto evidentemente prévio à sua queima, porque qualquer cousa que ele dixera era mentira. Dava igual que ele fora condenado e tivera passado polas cárceres espanholas e siga ainda hoje inabilitado para cargo publico (o tribunal europeu de direitos humanos ditaminou que o juiço polo caso Bateragune nom foi nem justo nem imparcial), Da igual que defenda a via pacífica, da igual o que diga ou faga. Todos os media espanhóis e partidos constitucionalistas montárom em cólera por permitir umha “entrevista” a um “etarra”, a um “batasuno”.
Mas porque todo este despropósito de “entrevista”, essa ira e alboroto quando em Espanha actuam com total normalidade “pessoas” que defendem abertamente o fascismo ou o nazismo. Eu nunca vim quando sai Netanyahu na televisom que numha parte de mesma ponham imagens do genocídio do povo palestino. Mas este alboroto e indignaçom dos espanhóis tem dous motivos.
O primeiro está provocado pola violência, mas nom a violência em abstracto, senom a violência contra o estado, contra os únicos que a podem exercer livremente, os que cobram a protecçom via I.R.P.F.. Porque os que exercem violência ao seu favor, nom som motivo de alarma. Desde a actuaçom dos grupos de ultra-direita até as acçons económicas desenvolvidas por patronal e bancos... que provocam miséria, pobreza e morte (em síntese violência) nom só nom som perseguidos, senom que som amparados, quando nom apoiados, “há que manter a paz social”.
Mas há um segundo factor tam ou mais importante que o anterior, nom só e violência contra o estado, senom que é violência contra a unidade do estado. E isso é intolerável, Artigo 2 da constituiçom espanhola: “La Constitución se fundamenta en la indisoluble unidad de la Nación española, patria común e indivisible de todos los españoles”. E a prova mais evidente de que este é o principal problema é o que está a acontecer em Catalunha, incluída o esperpento do tribunal supremo. Como se pode julgar por sediçom e rebeliom? Pois adjudicando violência a simples defesa passiva, e os chamam golpistas, nom pola violência exercida, senom por tratar de romper a unidade de Espanha, essa que custou umha guerra, centos de milheiros de mortos e posteriormente a colaboraçom da “esquerda” espanhola. E defendem sem nengum problema e por se ficava algumha dúvida,que o golpe de Tejero no era nada comparado com o de Catalunha (de novo nom questionava nem o estado nem a sua unidade). Nom era violência despedir à guardia civil ao berro de “a por ellos oeee”, mas si permanecer de pé diante de um colégio eleitoral.
Ademais na defesa da unidade de Espanha da que todos os partidos espanhóis som participantes, alguns incluso teatralizam coa constituiçom na mao, o que saca rendabilidade maioritariamente é a direita espanhola, nom há mais que ver os resultados das últimas eleiçons gerais, se excluímos a Euskal Herria e Catalunha e em muita menor medida a Galiza do estado, ganha a direita. Senom há maioria parlamentar do “trifachito” é porque nom existem nem em Catalunha nem em Euskal Herria, mas em Espanha vende muito defender a unidade de Espanha frente aos golpistas e batasunos.
Simplesmente por defender o direito a decidir somos violentos, por defender à classe operária somos violentos, por defender a igualdade de género, os direitos colectivos e individuais das pessoas somos violentos, e isso o dim os que cobram protecçom. Som eles os únicos que exercem violência legítima, mas que da a legitimidade?, o estado?, o uniforme? A bençom apostólica?, defender os interesses do IBEX 35?. Evidentemente para eles assi é, mas nom há liberdade nem direito que nom fora ganho defendendo-o em contra de quem o impedia. Do mesmo jeito que nas películas da mafia aqueles que se negavam a pagar protecçom eram os únicos realmente livres, nom podemos cair no jogo nem assumir que somos nós os violentos e violentas por defender os nossos direitos e liberdades, nom podemos assumir que os que cobram protecçom, nos chamem violentos e violentas por participar em política e movimentos sociais e culturais na defesa da nossa identidade.
A passada semana na cadeia de notícias 24 horas da televisom espanhola (com pouca audiência) relizarom umha entrevista a Arnaldo Otegi, coordenador de Euskal Herria Bildu. A entrevista, na que ele ocupava um pequeno espaço, enchia ao mesmo tempo o centro com imagens de atentados de E.T.A., semelhava mais um acto de fé da Santa Inquisiçom, no que umha e outra vez se lhe requeria que renega-se e abjura-se do seu passado maligno e abraça-se a única fé verdadeira do estado espanhol, que umha entrevista a um dirigente político, todo isto evidentemente prévio à sua queima, porque qualquer cousa que ele dixera era mentira. Dava igual que ele fora condenado e tivera passado polas cárceres espanholas e siga ainda hoje inabilitado para cargo publico (o tribunal europeu de direitos humanos ditaminou que o juiço polo caso Bateragune nom foi nem justo nem imparcial), Da igual que defenda a via pacífica, da igual o que diga ou faga. Todos os media espanhóis e partidos constitucionalistas montárom em cólera por permitir umha “entrevista” a um “etarra”, a um “batasuno”.
Mas porque todo este despropósito de “entrevista”, essa ira e alboroto quando em Espanha actuam com total normalidade “pessoas” que defendem abertamente o fascismo ou o nazismo. Eu nunca vim quando sai Netanyahu na televisom que numha parte de mesma ponham imagens do genocídio do povo palestino. Mas este alboroto e indignaçom dos espanhóis tem dous motivos.
O primeiro está provocado pola violência, mas nom a violência em abstracto, senom a violência contra o estado, contra os únicos que a podem exercer livremente, os que cobram a protecçom via I.R.P.F.. Porque os que exercem violência ao seu favor, nom som motivo de alarma. Desde a actuaçom dos grupos de ultra-direita até as acçons económicas desenvolvidas por patronal e bancos... que provocam miséria, pobreza e morte (em síntese violência) nom só nom som perseguidos, senom que som amparados, quando nom apoiados, “há que manter a paz social”.
Mas há um segundo factor tam ou mais importante que o anterior, nom só e violência contra o estado, senom que é violência contra a unidade do estado. E isso é intolerável, Artigo 2 da constituiçom espanhola: “La Constitución se fundamenta en la indisoluble unidad de la Nación española, patria común e indivisible de todos los españoles”. E a prova mais evidente de que este é o principal problema é o que está a acontecer em Catalunha, incluída o esperpento do tribunal supremo. Como se pode julgar por sediçom e rebeliom? Pois adjudicando violência a simples defesa passiva, e os chamam golpistas, nom pola violência exercida, senom por tratar de romper a unidade de Espanha, essa que custou umha guerra, centos de milheiros de mortos e posteriormente a colaboraçom da “esquerda” espanhola. E defendem sem nengum problema e por se ficava algumha dúvida,que o golpe de Tejero no era nada comparado com o de Catalunha (de novo nom questionava nem o estado nem a sua unidade). Nom era violência despedir à guardia civil ao berro de “a por ellos oeee”, mas si permanecer de pé diante de um colégio eleitoral.
Ademais na defesa da unidade de Espanha da que todos os partidos espanhóis som participantes, alguns incluso teatralizam coa constituiçom na mao, o que saca rendabilidade maioritariamente é a direita espanhola, nom há mais que ver os resultados das últimas eleiçons gerais, se excluímos a Euskal Herria e Catalunha e em muita menor medida a Galiza do estado, ganha a direita. Senom há maioria parlamentar do “trifachito” é porque nom existem nem em Catalunha nem em Euskal Herria, mas em Espanha vende muito defender a unidade de Espanha frente aos golpistas e batasunos.
Simplesmente por defender o direito a decidir somos violentos, por defender à classe operária somos violentos, por defender a igualdade de género, os direitos colectivos e individuais das pessoas somos violentos, e isso o dim os que cobram protecçom. Som eles os únicos que exercem violência legítima, mas que da a legitimidade?, o estado?, o uniforme? A bençom apostólica?, defender os interesses do IBEX 35?. Evidentemente para eles assi é, mas nom há liberdade nem direito que nom fora ganho defendendo-o em contra de quem o impedia. Do mesmo jeito que nas películas da mafia aqueles que se negavam a pagar protecçom eram os únicos realmente livres, nom podemos cair no jogo nem assumir que somos nós os violentos e violentas por defender os nossos direitos e liberdades, nom podemos assumir que os que cobram protecçom, nos chamem violentos e violentas por participar em política e movimentos sociais e culturais na defesa da nossa identidade.