Poiquilotermos


Som os animais que nom podem regular a sua temperatura, excepto mamíferos e aves todos os demais. A temperatura do seu corpo depende da do meio no que estám.

Mas nom é de animais em geral do que quero falar, só dos da nossa espécie. Dando por feito que de nom haver enfermidade a temperatura do nosso corpo devera manter-se estável, dentro dos parâmetros normais, nom ocorre assim a outros níveis. Si umha cousa aprendim cos anos é que sempre cabe a possibilidade de ser surpreendidos. Estou-me a referir á “temperatura política”, ou também nalguns casos poderia-mos chamar-lhe “social”.

É duro e difícil comprovar como seguem a esmagar-nos dia trás dia com mais “ajustes”, despedimentos, perda de direitos... e ver que o que é capaz de mobilizar mais populaçom é o futebol (haveria que falar aqui de outros muitos factores e de como actuam os meios de comunicaçom, mas nom é o pam e o circo o objectivo do artigo). Eu já sei o que podo esperar do sistema e dos partidos políticos que o sustentam, também dos que se auto-proclamam anti-sistema, e actuam desmobilizando e justificando o que dim combater, mas que ocorre quando isso passa entre nos?.

Este passado 28 de Junho houvo umha jornada de loita na comarca de Ferrol, umha Jornada concretada em folga geral de 9:00 a 15:00 com umha mobilizaçom geral ás 12:30. O “sistema” apenas fixo nada mais que manter-se calado, o trabalho de desmobilizaçom fixo-se desde os sindicatos CCOO e UGT, trabalho intenso e bastante suxo em muitos casos. Também partidos como IU ajudárom ali a onde chegaram, nom fora a ser que se prejudiquem os interesses do naval que eles defendem, o de Cádiz, nom há mais que consultar jornais andaluzes para ver o que dim do dique.

Mas dentro da CIG baixo argumentos de unidade sindical, ou que nom há ambiente para umha folga geral, tentárom por todos os meios de que esta nom se levara a cabo, algumhas das reunions da direcçom comarcal eram dignas de ser gravadas e emitidas para ver até que limite se pode justificar a desmobilizaçom e o acatamento a CCOO e UGT. Tanto foi assim que a intervençom do secretário comarcal Manel Grandal, umha intervençom coerente com o que é a CIG (sindicato nacionalista e de classe, parece que alguns ainda nom o sabem) o momento que estamos a passar na comarca e denunciando a actividade desmobilizadora dos sindicatos espanholistas, foi ferozmente criticado por estes sectores de dentro da CIG. Som por acaso estes poiquilotermos?, nom!, sabem muito bem onde estám e o que querem, ser um apêndice do espanholismo político e sindical.

Que nom nos contem contos de unidade. Unidade com quem?, com quem negocia com patronal e governo?, com quem mobiliza e defende no parlamento a mineiros e trabalhadores do naval em Espanha mas nom em Galiza? (há que escolher e a escolha e clara). em Espanha mobiliza e aqui adormece. Isso nom é unidade, isso é renunciar ao que somos, assimilar-nos ao colonialismo e renunciar ao nosso pais e á sua defesa. Há quem necessita que lhe quente o sol de Madrid para que o sangue se lhe mova no corpo. Também há quem desde o galeguismo ou supostamente o nacionalismo fai o mesmo chamamento, unidade da esquerda!, que esquerda?, acaso para ser de esquerdas basta com te-lo no nome?

Também há quem nom aquece, quem ante o assalto a mao armada do poder contra o povo, entra na apatia geral e sempre anda com temor. Nom há ambiente para mobilizaçons!, temos que estar com a sociedade!. Entom onde estamos?, se nom há ambiente será por que há informaçom falsa, se a sociedade nom se move será por que há medo e coerçom. Acaso o nosso dever nom é informar, quitar o medo, organizar...?. Os animais poiquilotermos estám onde estám, há determinados órgaos como o cérebro que tenhem um consumo energético enorme e que som impossíveis de manter para animais deste tipo.

Mas os homeotermos mantemos a temperatura passe o que passe fora, se ambiente arrefria muito abrigamos-nos mas seguimos adiante, e se aquece de mais suamos e essa energia que sobra a aproveitamos. Nom é tempo de por-nos ao sol, nom o necessitamos. Ademais sobram-nos razons, os que temos sangue quente no corpo nom necessitamos que marchem as nuvens, especialmente por que há quem fai todo o possível par que a borrasca dure. Temos muito por fazer e agora mais que nunca, se somos homeotermos demostremo-lo.