O codigo do registro sanitário
Em poucos dias há que votar para as câmaras municipais, é polo tanto o momento de mirar atrás e votar contas. Que passou estes últimos anos?, que é o que está a passar e onde está cada quem?. Mas nom falo de mirar se asfaltaram a rua onde vivo ou se colocaram umha farola aqui ou alá, senom de mais alá, todos os que se apresentam tenhem representaçom em outros governos, ou governam.
A junta de Galiza e o governo espanhol estám agora a construir depuradoras de águas residuais por toda Galiza, especialmente na costa. Mas porque agora?, porque senom há sançons, construim agora também em Espanha?, nom, já estám feitas há anos. A Galiza tem mais do 90% das aguas costeiras poluídas por resíduos fecais de todo o estado, E ainda as depuradoras que estám a fazer nom vam solucionar o problema, nom vai ser tam grave mais nom o solucionam. Governos do PP e do PsoE permitiram que se chegara a esta situaçom, a zona de todo o estado com maior produçom pesqueira e marisqueira a mais poluída, mas isto nom ocorre com as zonas turísticas em Espanha.
Quando em Europa há que negociar as quotas de pesca, os convénios com outros países ou as novas leis de pesca, há unanimidade de todas as forças políticas do estado, unanimidade em ceder, o BNG fica só, e se algo se pudo conseguir foi graças ao trabalho do BNG e as forças coas que estamos coligados, mas nom de partidos espanhóis. A Galiza, somos a naçom de toda a UE com maior percentagem de populaçom e da economia dependente do mar, pesca e marisqueio, mas nom estamos reconhecidos como tais na UE, nengum governo espanhol o considerou necessário ainda que isso implicara umha protecçom e melhores condiçons para esse sector.
O lignito pardo na Galiza só fica já na memória, e dous buracos enormes um cheio e outro a encher de água, mas a electricidade que se obtivo foi maioritariamente a desenvolver a indústria espanhola e a enriquecer territórios fora da Galiza que ficou com a poluiçom mas sem desenvolvimento. O mesmo com as centrais hidroeléctricas...
Poderia-se falar de muitas mais cousas, mas seria mais do mesmo. O primeiro de Maio falava com umha pessoa ao remate da manifestaçom e dizia-me que agora nas eleiçons havia que botar ao PP, votar ás forças de esquerdas, que em Espanha havia que escolher entre esquerda e direita. Eu concordava totalmente com ele, em Espanha si. Mas na Galiza?, onde estavam essas forças de esquerdas quando houvo que defender os sectores produtivos galegos?, o mar, o leite, o nosso ambiente, ou por estar mais perto em Ferrol o naval?, pois a verdade e que essas forças da esquerda espanhola e os seus lacaios locais sempre defendêrom esses sectores, os espanhóis, mas nunca os galegos, nem mesmo quando nom havia sector equivalente em Espanha, marisqueio por exemplo, figeram nada por ele. Na Galiza há que botar ao PP, si, mas se queremos mudar, que tenhamos capacidade para nos desenvolver, trabalhar e viver no nosso pais e melhorar as condiçons de vida, há que optar por umha outra cousa, esquerda si, mas nacionalista.
Mas depois de que especialmente no PP e no PsoE começara a aflorar só umha pequena parte de todo o lixo e corrupçom que há no seu interior, começou a funcionar o ventilador, e a frase, estilo Goebbles, “todos los partidos som iguales” repetida milheiros de vezes converte por arte de magia a todos os partidos em corruptos. Mas agora aparecem novas formaçons criadas desde abaixo, gente da rua, sem ambiçons, só representar e defender á sua vizinhança, criam-se assim novos partidos, agrupaçons eleitorais para as câmaras municipais. Novas?, gente da rua?, criadas desde abaixo?.
Pola direita ante a previsível perda de votos do PP aparece Ciudadanos, a marca branca do PP, promovido polos meios de comunicaçom. As marcas brancas som aquelas que há nos supermercados sob o nome da cadeia que os vende, mas quando umha marca fabrica, seja com o seu nome ou com marca branca, o registo sanitário é o mesmo, é dizer tem o mesmo código. O código do PP é visível em ciudadanos por muito que tentem agacha-lo e por muito que os meios se esforcem em tapar o código para que nom o vejamos.
Mas, que acontece na chamada esquerda ou esquerda “rupturista” como gostam de se chamar agora (esquecêrom-se no 78 ao assinar a constituiçom espanhola e apoiar a monarquia). Ademais de esse mesmo código também visível, o da esquerda espanholista de toda a vida, há umha questom particular, o código do registo sanitário vai sempre acompanhado da letra correspondente á província de origem. Mas tanto nas mareas, sons, comuns e demais denominaçons é impossível atopar umha OU, umha LU, C ou PO, por mais que miremos só atopamos o M, M de Madrid. Os servis candidatos e candidatas de estas marcas brancas som de aqui, tanto os que formam parte ou defendem opçons espanholas como os que chamando-se nacionalistas renegam de umha opçom galega própria e se coligam e assumem os ditados de Madrid, mas trabalham e respondem aos interesses dos seus amos e nom aos do pais no que se apresentam.
É tempo de votar, a primeira das três eleiçons que haverá em menos de um ano, municipais, espanholas e ao parlamento galego. Há que começar por usar a memória e depois temos que abrir os olhos, e ainda que em pequeno buscar a etiqueta do registo sanitário para identificar a cada quem. Se queremos trabalhar e viver no nosso pais há que por ao nacionalismo nos concelhos, há que por ao BNG.
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