A luz que nos cega

Como primates diurnos que somos gostamos da luz, e quando chega a noite enchemos todo de luzes, mas nom só para ver. Desperdiçamos luz, iluminamos todo mas nom miramos as conseqüências.
Até a chegada da iluminaçom eléctrica o efeito da nossa iluminaçom era muito limitado e apenas tinha impacto no meio. Mas agora, basta com ver qualquer mapa terrestre nocturno para ser conscientes de a onde vai parar a maior parte da iluminaçom. Adivinham-se as cidades e incluso as fronteiras, marcando a iluminaçom também especialmente as zonas mais desenvolvidas do planeta. Mas esta luz que permite ver desde iluminada a terra desde fora, cega-nos a todos os seres vivos do planeta.
,Lembro a primeira vez que vim um ceio estrelado, é umha das primeiras lembranças que tenho e que me marcou fundamente. Para poder repetir hoje essa experiência com a mesma intensidade teria que sair provavelmente do continente europeu. Ainda que meus filhos mirem ao ceio nocturno só poderám ver parte do que eu vim. Mas além da perda da possibilidade que os humanos perdemos de ver as estrelas, tampouco permite ás aves que utilizam estas mesmas estrelas nos seus desprazimentos migratórios orientar-se, isto tem graves efeitos e provoca altas mortandades nas aves migratórias.
Também afecta ao relógio biológico de outros muitos animais que vivem em cidades ou em zonas muito iluminadas, já que a necessária transiçom noite-dia esvaece provocando alteraçons de condutas reprodutivas e de alimentaçom.
No caso dos insectos o efeito é muito mais dramático, vem-se atraídos polas luzes e morrem a milhons, tendo umha incidência maior da que pensamos, em países como Holanda um dos mais iluminados á um grave problema de baixa polinizaçom das plantas, também causa um grave trastorno na pirâmide trófica ao verse afectadas algumhas espécies particularmente.
Também altera o ciclo de vida dos vegetais, as árvores e resto das plantas das cidades ao estar submetidas nalguns lugares a umha presença de luz ininterrompida modificam o seu ciclo atrasando a caída das folhas ou adiantando a saída das novas.
Em geral os efeitos que tem este excesso de iluminaçom para os seres vivos do planeta e muito mais grave do que a maioria de nos somos conscientes. Mas ainda queda um outro componente mais que é o desperdiço energético, arredor do 19% da energia eléctrica do planeta destina-se a iluminaçom. Isto tem um custe económico muito elevado e pior ainda provoca umha elevada poluiçom, tendo em conta que a maioria da energia a obtemos de combustíveis fósseis.
É necessário todo este desperdiço de energia?, há que assumir todos os efeitos da poluiçom luminosa como umha conseqüência necessária do progresso?. Umha iluminaçom racional é precisa, o excesso de luz só é desperdiço, e o desperdiço de recursos nem melhora as condiçons de vida nem muito menos garante o futuro. Precisamos a luz para trabalhar e viver, mas esta iluminaçom deve servir para ver mais que para nos converter num anúncio luminoso. lançar a luz ao espaço só é umha mostra mais de irracionalidade com um custe elevadíssimo e que nom melhora absolutamente em nada a nossa qualidade de vida, pola contra a empiora e muito.
Agradeço a informaçom proporcionada por Serafin e Paulino, companheiros da S.G.H.N. com os que comparto umha especial preocupaçom pola poluiçom luminosa.