A grave trapalhada da "depuraçom definitiva"

A conselheira do mar acaba de fazer umha maratona de roldas de imprensa por todo o pais vendendo fume. Vendendo a depuraçom de marisco procedente de zona C, numha batea que nom existe. Todo nom era mais que fume, mas que deixa ver com claridade o verdadeiro programa de governo do PP.
Depois da nefasta gestom da conselharia do mar levada acabo por Cármen Gallego era difícil imaginar que pudera ser pior, mas a realidade sempre supera à imaginaçom. Mas neste caso nom é a falha de conhecimento da conselheira do sector, nem sequer da conselharia na que leva anos trabalhando, nem a desidia ou a falha de interesse. Isto é muito mais grave, há um desenho político claro e bem definido que se está a executar passo a passo.
Neste caso para rematar com um gasto continuado pola situaçom provocada pola falha das EDAR (estaçons depuradoras de aguas residuais), que provoca a existência de importantes bancos marisqueiros catalogados como zonas C (zonas onde nom se pode comercializar o marisco por estar contaminado por bactérias fecais) inventa a batea de depuraçom em zona A. Mas vamos por partes.
Há já mais de cinco anos que a legislaçom europeia obrigava ter realizada a depuraçom integral das costas de toda Europa. Na Galiza temos (excepto dous pequenos pontos em Euskal Herria) as únicas zonas C de toda Europa. Por exemplo, na ria de Ferrol a única autorizaçom marisqueira frote é integramente zona C, também importantes bancos a pé. Ante isto, e tendo em conta que os mariscadores e mariscadoras som as vítimas desta situaçom, organizárom-se conjuntamente entre a Conselharia, Confrarias e sindicatos uns trabalhos de recuperaçom-mantimento dos bancos polo que cobravam para poder manter o seu trabalho.
Durante todo este tempo as EDAR nom avançárom e os os prazos de remate das mesmas estám cada vez mais perdidos no tempo. Mas há um factor importante que parecem esquecer, polas tubagens de vertidos nom só saem matéria fecal, também chegam ao mar outros contaminantes biológicos e químicos, e também umha importante quantidade de matéria orgânica e inorgânica que vai sedimentar, esta-se depositando sobre os bancos marisqueiros cobrindo-o pouco a pouco e rematando assim coa possibilidade de manter qualquer ser vivo.
Os bancos marisqueiros afectados por zonas C produzem hoje menos que há cinco anos quando começárom os planos especiais, porque por muito trabalho de mantimento quer fagam os mariscadores, a recuperaçom só é possível quando desapareçam as causas que provocam o seu deterioro. Poderemos fazer arranjos temporais (botar areia, arar...). Mas nom deixaram de ser remendos para manter algo de produtividade e nom umha verdadeira recuperaçom.
Temos a estas alturas do 2011 , 15 confrarias que tenhem bancos marisqueiros catalogados como C, alguns mais afectados que outros, nos das rias de Ferrol e A Corunha a afeiçom e case total.
Desde a Conselharia a saída que vírom a esta situaçom foi a de depurar todo o marisco que se produze nestas zonas para umha zona de re-parqueio catalogada como A (neste caso escolhêrom umha zona A provisional). O lógico seria pressionar para o saneamento definitivo, mas é mais fácil fazer pagar aos mariscadores e mariscadoras. Ia-se trasladar todo marisco de zona C produzido em toda Galiza até A Marinha numha operaçom logística que parecia a rota Ho-chi-Mim.
A Conselheira convoca a todas as Confrarias (com e sem zona C) na sede da federaçom galega de confrarias o dia 29 de Julho, e depois de informar aos meios conta-nos o seu maravilhoso plano. Plano elaborado por um pequeno grupo da Conselharia, CETMAR E INTECMAR, com gente de "confiança" e sem informar de nada ás confrarias (nom fora a ser que tiveram algumha ideia). Depois de explicar por riba o "plano definitivo", di que é o que há e que começará a sua execuçom a segunda seguinte, dia 1 de Agosto, enfrenta ás confrarias sem zona C com as que si tenhem dando a entender com gráficas que há alguns que querem viver do conto e sem trabalhar. Ante a pergunta realizada de, que ocorrerá com os mariscadores a frote da ria de Ferrol (mais de 300 pessoas) tendo em conta que nom há marisco para poder realizar umha extracçom que permita a subsistência?, a resposta e curta e clara, se o banco nom da marisco se pecha, o que significaria que todos e todas teriam que ir para casa.
Durante toda a semana nom para de fazer declaraçons aos meios e intoxicar com informaçons falsas ou tergiversadas, ao que contribuiu o próprio Feijoo chamando vagos aos mariscadores com zonas C. Ao mesmo tempo todo se vai desmontando, o INTECMAR segue a solicitar mostras ás confrarias para seguir a fazer provas, o 1 de Agosto passa a ser o 12, e para remate, a famosa batea fixo umha viagem de ida e volta ao nom poder ser instalada.
Paralelamente a isto houvo dous tipos de respostas depois do desconcerto inicial da maioria dos presentes o dia 29 (os de confiança já conheciam o plano). Por umha banda as confrarias com pequenas zonas afectadas que estavam de acordo.
Pola outra os que tinham todo que perder incluída a sua existência como mariscadores, conformando-se um núcleo entre as confrarias de A Corunha Ferrol e Baralhobre que nom estám dispostas a acatar o plano, solicitam a reuniom da mesa (que se vinha reunindo regularmente cada três meses e que leva dous parada). Queda muito por diante mais a determinaçom e clara, nom há possibilidade de aceitar o plano tal como é porque seria a desapariçom do marisqueio. Agora a estas confrarias já se unírom as de Pontedeume e a de Sam Cibrao. A solicitude é simples, que a Conselharia retome a mesa e que se fagam propostas e se busque umha soluçom.
Foi polo tanto a acçom da Conselheira grave e soberba. Mas demostra quem é para ela o sector. As confrarias em vez de ser vistas como representantes dos colectivos de mariscadoras e marinheiros, som tratadas com desprezo e a federaçom utilizada ao seu antolho como um apêndice mais do PP. Federaçom que actua executando fielmente as ordens recebidas desde a conselharia em vez de defender ao sector que devia representar.
Ademais há um factor grave que é a "confusom" entre o partido político PP e o governo do que forma parte actuando como se só governaram para eles. A falta absoluta de confiança no pessoal da conselharia como prova, que souberam deste plano antes na federaçom da confraria que os biólogos de zona. Mostra também o sua catadura, a chamada de telefone a um chefe para dizer "a ver quem é esse tal ... que se atreve a criticar esta decisom" ambos os dous, chefe e aludido funcionários do grupo A da Conselharia.
O lineamento do PP e da conselheira do mar coa política comunitária de desgraces de barcos (partida orçamentária do 2010 executada integramente). De apoio ás multinacionais da piscicultura (tanto em terra como no mar) que levam milhonarias ajudas para instalaçons, ainda a costa da pesca tradicional e do marisqueio. A construçom de instalaçons portuárias desportivas até no rio Sil por parte de portos de Galiza.
Contrasta coa racaneria nos portos para os profissionais, os recortes para a regeneraçom de bancos marisqueiros, o ano passado os projectos colectivos (projectos de regeneraçom de bancos marisqueiros) apenas chegárom ao 20% do normal noutros anos. Ao mesmo tempo deixárom-se de executar 20 milhons de euros do orçamento de 2010 desviados a outras partidas da Junta fora desta conselharia.
Umha política clara com muita intoxicaçom nos meios, para iso o orçamento para informaçom é um dos mais elevados. Mas soberba com ineptitude convertem-se em trapalhada, umha mais desta conselheira que tanto fai polo desmantelamento do sector como bem sabem bateeiros, marinheiros, mariscadoras.. . Mas também sabem na Conselharia que nom nos vamos render e que vai seguir havendo marinheiros, mariscadoras, redeiras, bateeiros... defendo o mar, e o seu trabalho que é o futuro deste pais.