Desenvolvimento, necessidade energética e futuro. 3, renováveis, modelo energético

Desenvolvimento, necessidade energética e futuro. 3, renováveis, modelo energético
O problema do modelo energético actual nom é só de onde obtemos a energia, senom também o consumo irracional da mesma

Chegamos ás energias renováveis, excepto a geotérmica (e para isso nom na sua totalidade), todas produzidas polo sol, já que é o efeito deste o que produze o vento, o ciclo da água ou fai medrar as plantas.

Energia solar. Pode ser fotoeléctrica (obtençom de electricidade directamente do sol). Ou térmica, quentar água para utiliza-la, bem directamente ou para aquecimento da casa. Há algumhas mais complexas, parques de espelhos que concentram a luz para produzir vapor e mover turbinas que geram electricidade. Em geral, por muito efectiva que seja, tem um problema, o pico de produçom nom coincide co de consumo, e pola noite nom há produçom. As alternativas som, ou armazena-la (aqui precisamos de baterias), ou bem transforma-la (o mais comum é produzir hidrogénio), há umha terceira possibilidade que é a de “mete-la” na rede de abastecimento

Eólica. Muito variável, porque que depende da intensidade do vento. Ainda que os geradores eólicos som cada vez mais eficazes e potentes, se nom há vento nom há electricidade. É também importante ter em conta onde se instalam os parques.

Hidráulica. O aproveitamento da energia acumulada na agua retida numha barragem, e o seu aproveitamento para produzir electricidade permite umha regulaçom muito mais eficaz da produçom eléctrica, a nom ser por umha seca, podemos produzir em proporçom á necessidade. Ainda que nom é possível por centrais hidráulicas em qualquer lugar nem em qualquer rio. Geralmente os mega-projectos provocam também mega-desfeitas ambientais. Há que ser muito cuidadoso valorizar os riscos, e nom dimensionar mais alá do que o meio pode suportar.

Energia do mar. Podemos aproveitar a energia do mar fundamentalmente de dous modos. Aproveitando a força das ondas. E aproveitado a energia das marés, algo que no nosso pais já se viu aproveitando desde há tempo nos moinhos de maré.

Bio-combustíveis. Ainda que se libera CO2 na sua combustom, seria carbono fixado da atmosfera e nom fóssil, polo que nom aumentaria o CO2 presente na atmosfera. Teríamos por umha banda a biomasa, basicamente o que antigamente se usava para estrar as cortes, mais algum resíduo florestal mais. E por outra banda teríamos os agro-combustíveis os obtidos a partir do processamento de cultivos, já sejam cereais como o milho ou árvores como a palma de aceite, cultivam-se mais espécies e há em estudo o processamento de diversas partes vegetais, mas som as primeiras as maioritárias. Há outra possibilidade, a obtençom a partir do cultivo de fitoplâncton. Os problemas dos agro-combustíveis som fundamentalmente dous, a utilizaçom de vegetais que se retiram do circuito alimentar e ocupaçom de terras produtivas, e por outra banda a grave desflorestaçom que estám a padecer amplas zonas de floresta do sudeste asiático e América do sul.

Geotérmica. O aproveitamento do calor da terra tem a particularidade de produzir umha energia continuada mais nom de grande intensidade, no nosso pais só serve para pequenos consumos.

Em geral um dos principais problemas da energia eléctrica é o transporte da mesma, grande parte da electricidade produzida perde-se a travesso das linhas de abastecimento, por isso a produçom localizada perto do lugar de consumo e a escalas menores é mais eficiente.

O importante das energias renováveis é que nom há umha que serva para o abastecimento total, já que todas tenhem algumha limitaçom, mas si umha combinaçom de várias delas. Nengumha delas som descobrimentos novos, excepto a solar fotoeléctrica, todas vinhérom-se utilizando pola humanidade de algumha ou outra maneira. Antes aproveitava-se o movimento ou o calor directamente, agora estas fontes primarias de energia utilizam-se para a produçom de electricidade. Com as novas tecnologias e os novos materiais há um desenvolvimento e um aproveitamento mais eficaz que está muito longe de acadar a capacidade produtiva máxima de cada umha delas.

No modelo energético actual é imposto o uso de energias fósseis e nuclear case como única alternativa, gastando enormes recursos na busca de novos depósitos, asi como em investigaçom tanto para poder extrair como no seu rendimento. Pola contra, som ridículos os investimentos destinados á investigaçom e ao desenvolvimento das energias renováveis.

Mas, seria o nosso objectivo elevar esses investimentos, para num futuro o mais próximo possível poder substituir as energias fósseis por renováveis?. Tendo em conta ademais que o nosso pais teria recursos avondo para poder abastecer-se, seria aconselhável?. Mais quando falo de modelo energético nom me refiro a substituiçom dumha fonte energética por outra, passar de carvom a hidráulica é desde logo melhor para o meio. Mas, para poder viver, precisamos toda a energia que consumimos?.

O problema do modelo energético actual nom é só de onde obtemos a energia, senom também o consumo irracional da mesma, nom só da energia, também do resto dos recursos. É como se vivêramos num mundo sem limites, e ademais identifica-se desperdiçar energia e recursos com progresso, entende-se que a maior desenvolvimento, maior consumo energético.

Para poder viver é preciso o consumo energético, mas há muitas cousas que nom precisamos para poder viver, mesmo melhoraríamos a nossa qualidade de vida reduzindo-o.

A qualidade dos nossos alimentos seria melhor se consumisse-mos produtos frescos, produzidos o mais perto de nos possível, sempre é melhor a fruta madurada na arvore que nom numha nave com umha injecçom de etileno ao chegar ao seu destino, leite produzido na Galiza a outro transportado desde qualquer lugar de Europa, sardinhas do jeito das nossas rias que as que chegam em camiom. Se temos que por a pedra numha cozinha, tendo granito de Porrinho ou qualquer outra pedra do pais, precisamos dumha rocha exótica traída desde outro continente. Poderiam-se por muitos exemplos mas a mensagem é a mesma, o transporte consume muita energia, e se nos o temos para que o trazer de fora. Aqui há umha tripla leitura, aforro energético, desenvolvimento do mais perto e rotura das redes de transporte mundiais controladas por transnacionais. Há que ter em conta que para que um produto de fora seja mais barato ainda co transporte, é porque ou bem é de pior qualidade ou porque se lhe rouba aos produtores, ou ambas cousas á vez.

É compreensível que sendo os caminhos de ferro a modo energéticamente mais eficaz de transporte, no nosso pais esta sub-desenvolvido?

É preciso ter iluminadas as nossas cidades como se estivéramos em natal todo o ano desperdiçando quantidades enormes de energia, indo grande parte dela a atmosfera?.

Como é possível que no nosso pais nom exista um sistema de transporte publico que poda ser chamado como tal?.

Poderíamos seguir, mas em resumo é preciso mudar o modelo energético. Isto implica mudar as fontes mas também mudar os usos, começando por reduzir. As famosas três r (reduzir, reutilizar e reciclar) nom estám nessa ordem por umha questom estética, estám nessa ordem porque é há que há que seguir.