Desenvolvimento, necessidade energética e futuro. 1, custo primário das energias fósseis
Nada se move sem energia, e a medida que aumenta o desenvolvimento o gasto energético e maior
Nada se move sem energia, e a medida que aumenta o desenvolvimento o gasto energético e maior. Nas primeiras sociedades humanas utilizava-se a força animal, o vento, agua ou a madeira, fontes energéticas renováveis. Mas a partir do século XIX coa primeira revoluçom industrial, começa o uso massivo de energia, primeiro carvom e depois petróleo. Hoje somos mais de 7.000.000.000 de seres humanos neste planeta e o consumo energético dispara-se. Podemos manter este consumo?, podemos fazê-lo com o modelo energético actual?. As alternativas que existem som possíveis e necessárias ou simplesmente imprescindíveis?.
Nom vou falar neste artigo do preço das conseqüências do uso das energias fósseis do que falarei noutro posterior, senom do custo real desde a extracçom até a queima dos combustíveis, que vai mais alá do preço do m3 do gás natural ou o da bombona de butano ou o do gasóleo, ou do preço do Brent ou o Texas.
Este domingo houvo em Compostela umha grande mobilizaçom contra a mega-mineiria, projectos mineiros brutais para a obtençom de rendimentos rápidos no tempo e com umha destruiçom do meio natural de longa duraçom. Seriam tam rendíveis estes projectos se a Junta obrigara ás empresas que os querem levar a cabo a face-los de um modo nom agressivo e a recuperar os danos produzidos ao meio?, pois muito provavelmente nom se chegariam a realizar.
Os combustíveis fósseis tanto na sua forma sólida (carvom), líquida (petróleo) ou gasosa (gás natural), formárom-se trás primeiro por acumulaçom de restos orgânicos, dos primeiros bosques do Devónico e restos de animais marinhos até hoje, há um longo processo no que entra em jogo a dinâmica da cortiça terrestre e o trabalho das bactérias. Ao estar formados de restos orgânicos o seu componente fundamental é o carbono, mas nom é o único. Como qualquer outro mineral para a sua extracçom há que remover ou perfurar a terra, já rematou no século XIX a possibilidade de recolher o petróleo acumulado que aflorava ele só á superfície.
No nosso pais temos o exemplo da mineiria do carvom em Meirama e As Pontes, mas som minas muito pequenas. Mas ainda assim o seu impacto é enorme, as duas deixárom um enorme buraco enchido depois com agua que agora vendem como exemplo de restauraçom mineira, haveria muito que falar disto, mas só há umha cousa certa, foi a maneira mais barata de reparar a desfeita. Mas a escala planetária a mineiria de carvom tem provocado e segue a provocar buracos muito mais enormes, contaminaçom de rios e lagos, em geral destruiçom de enormes superfícies terrestres acompanhada por suposto da morte e desapariçom dos seres vivos que ali havia. Estas minas provocam cada ano a morte de centos de pessoas, e precarizam as condiçons sanitárias de muitas comunidades. O objectivo é a extracçom do carvom o mais barato possível, de ter que assumir todo iso o preço de venda seria outro, mas, pode este custo nom ser contado no preço final?.
Quem nom lembra o “acidente” do Prestige?, a desfeita ambiental foi enorme, antes desse houvo outros e por desgraça nom será o último. Mas a quantidade de petróleo que chega ao mar neste tipo de acidentes ao longo de todo o planeta e apenas o 5% do total do que chega ao mar, a maior parte fai-no por perdas em plataformas marinhas de extracçom o fugas provocadas por este tipo de acçons extractivas nos fundos marinhos. Aqueles lugares onde há extracçom massiva de petróleo no mar sofrem as conseqüências mais direitas. Mas nom só no mar, amplas zonas das selvas do sul de América som devastadas na procura e exploraçom de petróleo, nom sendo nunca devolvidas as condiçons previas a esta exploraçom. Agora que as reservas som menores exploram-se lousas betuminosas ou areias asfálticas em Venezuela ou Canadá, neste último caso com mobilizaçons de milhons de toneladas de areia, até agora nom era rendível fazê-lo.
E agora que já estamos no século XXI vende-se-nos o gás como a energia do futuro, mas de que futuro?. Vende-se coa excusa de que é mais limpo que o carvom e que o petróleo, é verdade, mais segue a ser um combustível fóssil, e seu consumo aumenta a quantidade de CO2 na atmosfera. Substituir o carvom e o petróleo por gás e como “desenganchar” a um heroinómano com metadona, é umha droga legal, mas segue a ser umha droga. É verdade que nom tem tanto nitrogénio nem enxofre como o petróleo e muito menos que o carvom, mas segue a mobilizar carbono que estava acumulado há milhons de anos e agora deita-lo de novo a atmosfera. Este incremento de CO2 na atmosfera provocará alteraçons climáticas, mas já está a actuar de forma certa nos oceanos coa acidificaçom dos mesmos. De novo a exploraçom e distribuiçom deste recurso está controlado polas mesmas empresas energéticas, sem outro horizonte que o máximo enriquecimento no menor tempo possível. E agora para rematar aprova-se em Europa a utilizaçom do “fracking”, técnica que consiste na injecçom a pressom no subsolo agua com areia e produtos químicos que provoca um aumento de pressom facilitando assim a extracçom fundamentalmente de gás (ainda que também se usa para o petróleo), de maneira que se pode aceder a recursos que de umha maneira tradicional seria impossível explora-los. Técnica amplamente usada em USA e que serviu para baixar o preço do gás, mas que na actualidade está a provocar resistência na povoaçom ao ver como se contaminárom aquíferos afectando a zonas de vida selvagem de exploraçom agrária e gadeiria, afectando também aos humanos.
Todo isto sem contar a destruiçom e o preço em sofrimento humano causado polas guerras para controlar os recursos energéticos do planeta, nas que desde Líbia até Irám sabem bem.
Ainda nom sendo um combustível fóssil, pola sua nom renovabilidade queria falar da energia nuclear. É junto com o gás natural (tal como o vendem) a outra energia “limpa” e “barata”. Se em Corcoesto apenas sacam uns gramos de ouro por tonelada de terreno removido e tratado, a percentagem de urânio que se pode extrair numha mina do mesmo é muito menor, o consumo energético para a obtençom de um só gramo é enorme, o mesmo que todo o processo que há que seguir até convertê-lo em combustível nuclear. Temos umha mineiria altamente destrutiva um custoso processo de enriquecimento, um gasto muito elevado em seguridade, um uso (lembremos Chernóbil e Fukushima) muito perigoso e um futuro, o dos resíduos (miles de anos de actividade), nada claro. Invasons como as de Mali, ou é que os franceses fôrom ali a defender ao povo de Mali?, nom teriam nada que ver as minas de urânio desse pais e exploradas por empresas galas?. Onde está a limpeza e a baratura?.
A energia é necessária mas nom a qualquer preço, o custe de exploraçom para a obtençom dos combustíveis nom renováveis é muito elevado, muito mais do que custa o recibo da luz ou encher o depósito do carro, e quanto mais se reduza o recurso maior será a desfeita para obtê-lo. Podemos assumir iso?. A resposta é simples, nom. Se queremos garantir o nosso futuro no planeta nom podemos obter recursos energéticos a qualquer custo porque a hipoteca é impagável.
Nada se move sem energia, e a medida que aumenta o desenvolvimento o gasto energético e maior. Nas primeiras sociedades humanas utilizava-se a força animal, o vento, agua ou a madeira, fontes energéticas renováveis. Mas a partir do século XIX coa primeira revoluçom industrial, começa o uso massivo de energia, primeiro carvom e depois petróleo. Hoje somos mais de 7.000.000.000 de seres humanos neste planeta e o consumo energético dispara-se. Podemos manter este consumo?, podemos fazê-lo com o modelo energético actual?. As alternativas que existem som possíveis e necessárias ou simplesmente imprescindíveis?.
Nom vou falar neste artigo do preço das conseqüências do uso das energias fósseis do que falarei noutro posterior, senom do custo real desde a extracçom até a queima dos combustíveis, que vai mais alá do preço do m3 do gás natural ou o da bombona de butano ou o do gasóleo, ou do preço do Brent ou o Texas.
Este domingo houvo em Compostela umha grande mobilizaçom contra a mega-mineiria, projectos mineiros brutais para a obtençom de rendimentos rápidos no tempo e com umha destruiçom do meio natural de longa duraçom. Seriam tam rendíveis estes projectos se a Junta obrigara ás empresas que os querem levar a cabo a face-los de um modo nom agressivo e a recuperar os danos produzidos ao meio?, pois muito provavelmente nom se chegariam a realizar.
Os combustíveis fósseis tanto na sua forma sólida (carvom), líquida (petróleo) ou gasosa (gás natural), formárom-se trás primeiro por acumulaçom de restos orgânicos, dos primeiros bosques do Devónico e restos de animais marinhos até hoje, há um longo processo no que entra em jogo a dinâmica da cortiça terrestre e o trabalho das bactérias. Ao estar formados de restos orgânicos o seu componente fundamental é o carbono, mas nom é o único. Como qualquer outro mineral para a sua extracçom há que remover ou perfurar a terra, já rematou no século XIX a possibilidade de recolher o petróleo acumulado que aflorava ele só á superfície.
No nosso pais temos o exemplo da mineiria do carvom em Meirama e As Pontes, mas som minas muito pequenas. Mas ainda assim o seu impacto é enorme, as duas deixárom um enorme buraco enchido depois com agua que agora vendem como exemplo de restauraçom mineira, haveria muito que falar disto, mas só há umha cousa certa, foi a maneira mais barata de reparar a desfeita. Mas a escala planetária a mineiria de carvom tem provocado e segue a provocar buracos muito mais enormes, contaminaçom de rios e lagos, em geral destruiçom de enormes superfícies terrestres acompanhada por suposto da morte e desapariçom dos seres vivos que ali havia. Estas minas provocam cada ano a morte de centos de pessoas, e precarizam as condiçons sanitárias de muitas comunidades. O objectivo é a extracçom do carvom o mais barato possível, de ter que assumir todo iso o preço de venda seria outro, mas, pode este custo nom ser contado no preço final?.
Quem nom lembra o “acidente” do Prestige?, a desfeita ambiental foi enorme, antes desse houvo outros e por desgraça nom será o último. Mas a quantidade de petróleo que chega ao mar neste tipo de acidentes ao longo de todo o planeta e apenas o 5% do total do que chega ao mar, a maior parte fai-no por perdas em plataformas marinhas de extracçom o fugas provocadas por este tipo de acçons extractivas nos fundos marinhos. Aqueles lugares onde há extracçom massiva de petróleo no mar sofrem as conseqüências mais direitas. Mas nom só no mar, amplas zonas das selvas do sul de América som devastadas na procura e exploraçom de petróleo, nom sendo nunca devolvidas as condiçons previas a esta exploraçom. Agora que as reservas som menores exploram-se lousas betuminosas ou areias asfálticas em Venezuela ou Canadá, neste último caso com mobilizaçons de milhons de toneladas de areia, até agora nom era rendível fazê-lo.
E agora que já estamos no século XXI vende-se-nos o gás como a energia do futuro, mas de que futuro?. Vende-se coa excusa de que é mais limpo que o carvom e que o petróleo, é verdade, mais segue a ser um combustível fóssil, e seu consumo aumenta a quantidade de CO2 na atmosfera. Substituir o carvom e o petróleo por gás e como “desenganchar” a um heroinómano com metadona, é umha droga legal, mas segue a ser umha droga. É verdade que nom tem tanto nitrogénio nem enxofre como o petróleo e muito menos que o carvom, mas segue a mobilizar carbono que estava acumulado há milhons de anos e agora deita-lo de novo a atmosfera. Este incremento de CO2 na atmosfera provocará alteraçons climáticas, mas já está a actuar de forma certa nos oceanos coa acidificaçom dos mesmos. De novo a exploraçom e distribuiçom deste recurso está controlado polas mesmas empresas energéticas, sem outro horizonte que o máximo enriquecimento no menor tempo possível. E agora para rematar aprova-se em Europa a utilizaçom do “fracking”, técnica que consiste na injecçom a pressom no subsolo agua com areia e produtos químicos que provoca um aumento de pressom facilitando assim a extracçom fundamentalmente de gás (ainda que também se usa para o petróleo), de maneira que se pode aceder a recursos que de umha maneira tradicional seria impossível explora-los. Técnica amplamente usada em USA e que serviu para baixar o preço do gás, mas que na actualidade está a provocar resistência na povoaçom ao ver como se contaminárom aquíferos afectando a zonas de vida selvagem de exploraçom agrária e gadeiria, afectando também aos humanos.
Todo isto sem contar a destruiçom e o preço em sofrimento humano causado polas guerras para controlar os recursos energéticos do planeta, nas que desde Líbia até Irám sabem bem.
Ainda nom sendo um combustível fóssil, pola sua nom renovabilidade queria falar da energia nuclear. É junto com o gás natural (tal como o vendem) a outra energia “limpa” e “barata”. Se em Corcoesto apenas sacam uns gramos de ouro por tonelada de terreno removido e tratado, a percentagem de urânio que se pode extrair numha mina do mesmo é muito menor, o consumo energético para a obtençom de um só gramo é enorme, o mesmo que todo o processo que há que seguir até convertê-lo em combustível nuclear. Temos umha mineiria altamente destrutiva um custoso processo de enriquecimento, um gasto muito elevado em seguridade, um uso (lembremos Chernóbil e Fukushima) muito perigoso e um futuro, o dos resíduos (miles de anos de actividade), nada claro. Invasons como as de Mali, ou é que os franceses fôrom ali a defender ao povo de Mali?, nom teriam nada que ver as minas de urânio desse pais e exploradas por empresas galas?. Onde está a limpeza e a baratura?.
A energia é necessária mas nom a qualquer preço, o custe de exploraçom para a obtençom dos combustíveis nom renováveis é muito elevado, muito mais do que custa o recibo da luz ou encher o depósito do carro, e quanto mais se reduza o recurso maior será a desfeita para obtê-lo. Podemos assumir iso?. A resposta é simples, nom. Se queremos garantir o nosso futuro no planeta nom podemos obter recursos energéticos a qualquer custo porque a hipoteca é impagável.